Há um guarda que nos dá saudades, e é graças a Sam
Uma exposição em Lisboa celebra o centenário do cartoonista Sam (1924-2024), criador do inesquecível Guarda Ricardo.
Se fosse vivo, teria a estatura de um século, 100 anos completados há poucas horas, na quarta-feira, o dobro da “idade” desse 25 de Abril quase cinquentenário que ao seu traço muito deve. De nome completo Samuel Azavey Torres de Carvalho, foi com três letras (Sam) que entrou no nosso imaginário como cartoonista, ele que foi engenheiro por formação e profissão e também criador noutras artes, do design à escultura. Num tempo em que o único Sam que ainda mexe de modo crítico com o nosso quotidiano é o rapper Sam the Kid, lembrar o traço crítico e certeiro do cartoonista Sam é, em simultâneo, celebrar a força do cartoon como uma das maiores expressões de liberdade no mundo de hoje. Sam tinha disso consciência e usou-o para retratar o que o rodeava, quer em ditadura quer em democracia, com elegância mas sem complacências.
O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.