Reportagem do PÚBLICO nomeada pelo True Story Award 2024

“Cinco Séculos de Portugueses Ciganos” é um dos 36 trabalhos nomeados pelo primeiro prémio mundial de jornalismo escrito. Vencedores serão conhecidos a 24 de Maio em Berna, na Suíça.

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Almerindo e Susana falam, na série, sobre dificuldades que pessoas ciganas enfrentam para arranjar emprego Paulo Pimenta
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A série do PÚBLICO “Cinco Séculos de Portugueses Ciganos” é um dos 36 trabalhos nomeados pelo True Story Award 2024, o primeiro prémio mundial de jornalismo escrito, que apreciou textos oriundos de 101 países (publicados em 2022 e 2023).

Mencionado o crescimento de “um clima de discriminação e preconceito em relação à comunidade cigana”, o júri considera que este trabalho “empreende um percurso sem precedentes às origens e à actualidade desta ‘cultura de resistência’”.

“Usando dados e aspectos inéditos e dezenas de depoimentos combinados com uma investigação exaustiva sobre a história, a cultura e as condições de vida desta comunidade desde o século XVI, Ana Cristina Pereira dá-nos um retrato original dos ciganos portugueses”, continua o júri. “Numa altura em que discursos e narrativas extremistas em todo o país trazem à mente outros tempos de perseguição e abrem trincheiras sociais, estas reportagens e investigações são um verdadeiro serviço público.”

Os textos de Ana Cristina Pereira são acompanhados de infografia de Francisco Lopes, José Alves e Cátia Mendonça, fotografia de Paulo Pimenta, vídeo de Teresa Miranda. A série está dividida em cinco capítulos, dois dos quais com texto acessível no site do prémio (Como se forjou uma cultura de resistência e O que mudou depois do 25 de Abril de 1974).

Os 36 trabalhos nomeados serão apresentados no True Story Festival, em Berna, na Suíça, entre 24 e 26 de Maio. O júri seleccionará os três textos vencedores — seja pela profundidade dos textos, seja pela sua qualidade e relevância — logo no primeiro dia. Os prémios monetários serão atribuídos por uma fundação independente.

A quarta edição do True Story Award avaliou 974 candidaturas de 101 países. Entre os 36 nomeados estão representados 24 países. As histórias são sobre guerra, conflitos religiosos, infracções ambientais, criminalidade económica, mas também sobre grandes acontecimentos à escala humana, como a do PÚBLICO.

Há três nomeações por cada uma de dez regiões linguísticas. Os trabalhos escritos noutras línguas entram noutras três categorias (Europa, Mundo I, Mundo II). Além do trabalho do PÚBLICO, estão nomeados na língua portuguesa uma reportagem do Expresso (“Filhos Únicos da Terra”) e outra do periódico brasileiro Sumaúma (“De Copérnico a Kafka. Ou como o Estado puniu os médicos que revolucionaram a saúde indígena no Brasil: A história de Urihi”).

​O True Story Award é o primeiro prémio de jornalismo escrito criado à escala planetária. O seu objectivo é o de diversificar as perspectivas oferecidas pelos meios de comunicação social. O júri do prémio criado em 2019 (e com edições em 2019, 2021, 2023 e 2024) é composto por cinquenta membros oriundos de 29 países​.

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