“Semana longa” do Sporting termina com “chapa 8”

Os “leões” reagiram ao desaire para a Taça da Liga com uma goleada ao Casa Pia, resultado que garante aos sportinguistas a manutenção da liderança no campeonato

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Reuters/PEDRO NUNES
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Depois de uma derrota que custou ao Sporting a hipótese de disputar a primeira final da época, os “leões” não podiam ter reagido de forma mais imponente. Seis dias depois de serem penalizados pela falta de eficácia na meia-final da Taça da Liga em Leiria frente ao Sp. Braga, os sportinguistas passaram por cima do Casa Pia, alcançando a maior goleada até ao momento na I Liga: 8-0. Com um bis de Gyökeres, Coates e Trincão - Pedro Gonçalves e Geny Catamo também marcaram -, o Sporting somou a sexta vitória consecutiva no campeonato - 21 golos nas últimas quatro jornadas -, assegurando assim a manutenção da liderança.

Rúben Amorim, no seu estilo inconfundível, colocou a fasquia bem alta após o desaire na Taça da Liga. Com a equipa na liderança do campeonato, o técnico não se escondeu e, no arranque da 19.ª jornada, foi claro: “Obviamente que, se não ganharmos títulos, sairei pelo meu pé.” Mas Amorim disse mais. Admitiu que “foi uma semana longa” e que os seus jogadores “sentiram muito a derrota” contra o Sp. Braga: “Nunca precisámos tanto de começar um jogo para voltar ao nosso andamento.” E, quando o duelo com o Casa Pia começou, o Sporting não podia ter dado maior prova de força.

Mantendo a confiança na equipa que tinha jogado em Leiria – o regresso de Adán à baliza foi a única novidade -, Amorim mostrou confiança nos seus jogadores e, dois dias depois de cumprir o 39.º aniversário, recebeu como prenda o que não tinha tido na última partida: eficácia ofensiva.

Com um ritmo alto, mas sem mostrar sofreguidão, o Sporting pegou no jogo desde o apito inicial, e, na primeira oportunidade marcou: na sequência de um livre, Nuno Santos colocou a bola à entrada da pequena área e Coates, perante a passividade casapiana, confirmou que é temível de bola parada.

Uma dezena de minutos depois, novo sinal de fraqueza do Casa Pia. Pedro Gonçalves recuperou a bola a meio campo, foi lançado por Inácio e ofereceu, no minuto 23, o 23.º golo da época a Gyökeres. Com os “gansos” perdidos em Alvalade, o 3-0 surgiu dois minutos depois – na cara de Ricardo Batista, Pedro Gonçalves não perdoou – e, em cima da meia hora, Gyökeres só foi travado na área por João Nunes em falta, e, na conversão do penálti, o sueco bisou.

Com um terço de jogo cumprido, o Sporting já tinha exorcizado qualquer fantasma após a desilusão de Leiria, mas, mesmo assim, não baixou a intensidade. Apesar de Pedro Moreira ter tentado estancar a permeabilidade da sua defesa com a entrada de Fernando Varela, em cima do intervalo Trincão reforçou o seu bom momento: o extremo marcou pelo quarto jogo consecutivo no campeonato.

Com 5-0 no final dos primeiros 45 minutos, a segunda parte foi o que se esperava: menos interessante. Ao intervalo, Amorim optou por dar descanso a Pedro Gonçalves e ritmo a Bragança, mas “leões” e “gansos” regressaram dos balneários com o mesmo objectivo: gerir o resultado. No entanto, nem assim o Casa Pia evitou o avolumar da goleada.

De regresso da Taça das Nações Africanas, Geny Catamo precisou de apenas oito minutos em campo para, aos 64’, chegar à meia dúzia com um grande golo, e, já perto do final, o moçambicano ofereceu a Coates a oportunidade de fazer o bis na partida. O pesadelo do Casa Pia não tinha, no entanto, terminado e, nos descontos, foi Trincão que fechou as contas, fazendo o 8-0 final.

A tradição, no entanto, já estava há muito cumprida: em jogos da I Liga, o Sporting venceu sempre o Casa Pia e, nos últimos 17 últimos realizados entre as duas equipas, os sportinguistas marcaram sempre dois ou mais golos.

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