O diagnóstico da filha pôs Nádia Ferreira em frente ao abismo. Carolina, de dois anos, era autista. E, para os pais, a palavra pronunciada pelo neuropediatra soava a sentença: “Foi um choque tremendo. Ficamos completamente perdidos.” Nádia entrou em negação. Agarrava-se aos primeiros 18 meses da filha, com um desenvolvimento padrão, abraçava tudo o que a afastava do espectro. “Sinceramente, era isso”, confessa, antes de declarar a pacificação posterior: “Pensávamos que era o fim do mundo, mas era apenas uma forma diferente de estar nele. É desafiante, mas não é nenhuma tragédia.”
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