Campanha da Ikea alusiva às buscas em São Bento alvo de queixas na CNE

Comissão Nacional de Eleições vai avaliar supostas interferências no processo eleitoral e deve pronunciar-se na próxima semana.

operacao-influencer,queda-governo,ikea,comissao-nacional-eleicoes,politica,eleicoes,
Fotogaleria
Mupis da campanha da Ikea DR
operacao-influencer,queda-governo,ikea,comissao-nacional-eleicoes,politica,eleicoes,
Fotogaleria
Mupis da campanha da Ikea DR
operacao-influencer,queda-governo,ikea,comissao-nacional-eleicoes,politica,eleicoes,
Fotogaleria
Mupis da campanha da Ikea DR
operacao-influencer,queda-governo,ikea,comissao-nacional-eleicoes,politica,eleicoes,
Fotogaleria
Mupis da campanha da Ikea DR
Ouça este artigo
00:00
02:08

Exclusivo Gostaria de Ouvir? Assine já

A Comissão Nacional de Eleições (CNE) recebeu queixas de cidadãos contra a campanha publicitária da Ikea lançada esta semana que faz alusões às buscas no gabinete do primeiro-ministro em Novembro passado, referindo-se aos 75.800 euros encontrados no escritório do chefe de gabinete de António Costa, apurou o PÚBLICO.

Os autores das participações consideram que a campanha publicitária representa uma interferência no processo eleitoral. As queixas deverão ser analisadas na reunião da CNE na próxima terça-feira, durante a qual será avaliada a compatibilização da liberdade de expressão com a alegada interferência com o processo eleitoral.

O conteúdo do mupi (Mobiliário Urbano para Informação) que tem provocado maior polémica e que se tornou viral nas redes sociais é precisamente aquele que se refere ao caso judicial que envolve Vítor Escária. “Boa para guardar livros ou 75.800 euros”, diz o texto que acompanha a promoção de uma estante da conhecida marca sueca.

Mas a campanha inclui ainda outros conteúdos afixados em mupis que se relacionam igualmente com alguns momentos mais recentes da vida política portuguesa. “Para se aquecerem sozinhos ou coligados”, promove a Ikea num anúncio sobre um edredão. “Puxamos o tapete à inflação” e “a nossa geringonça contra o frio” são outros dois anúncios que fazem parte desta campanha.

A campanha não tem “qualquer intenção ou propósito de contribuir, seja de que forma for, para o debate partidário e para o actual contexto pré-eleitorial que se vive no país”, afirma a responsável pelo Marketing da Ikea Portugal, Cláudia Domingues, citada pela revista Visão.

A acção pretende retratar “o próprio humor” com que os portugueses muitas vezes “abordam os temas mais sérios”. “Trata-se de uma campanha de mupis bem-humorados, descontraídos, que, partindo de temas e termos da actualidade, servem única e exclusivamente para animar e divertir quem por eles passa”, acrescenta, citada pela mesma revista.

A cadeia sueca diz ter recebido já todo o tipo de reacções, mas salienta que a grande maioria corresponde ao que procurava, com a tónica no sentido de humor e na forma descomplexada como se abordou a questão. A campanha conta com a instalação de mupis em 55 cidades do país e prolonga-se até à próxima semana.

Sugerir correcção
Ler 72 comentários