Sondagem: 65% não compraria um carro em segunda mão nem a Montenegro nem a Pedro Nuno

Barómetro da Intercampus mostra divisão sobre quem poderá ser melhor primeiro-ministro, mas o líder do PS está à frente das preferências e a maioria acha que ele vai mesmo liderar o próximo Governo.

Luís Montenegro é visto como mais honesto e responsável
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Luís Montenegro é visto como mais honesto e responsável Paulo Pimenta
Pedro Nuno Santos é visto como o provável primeiro-ministro
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Pedro Nuno Santos é visto como o provável primeiro-ministro Nuno Ferreira Santos
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Pedro Nuno Santos está a ganhar a Luís Montenegro no campeonato da popularidade: de acordo com o barómetro da Intercampus para o Negócios, Correio da Manhã e CMTV, quase metade dos inquiridos (49,8%) acreditam que o secretário-geral do PS se vai tornar primeiro-ministro e 36% considera que pode ser melhor chefe do Executivo do que o presidente do PSD. Mas nenhum dos dois candidatos angaria grande confiança e são quase 65% os que respondem que não comprariam um carro usado nem a um, nem a outro.

Luís Montenegro é visto como provável melhor primeiro-ministro por 31% dos inquiridos, menos quatro pontos que o seu principal adversário e quase tantos como os que não revelam preferência (30,5%). Mas quando a pergunta incide sobre quem vai liderar o próximo governo, metade considera que será o líder do PS, 30% não sabe ou não responde e apenas 19,8% acredita que será o líder do PSD.

Em termos de características pessoais, Luís Montenegro é mais reconhecido pela honestidade e responsabilidade, enquanto Pedro Nuno Santos é considerado o melhor líder e com mais poder - “porventura por acharem que domina melhor do PS do que o adversário domina o PSD ou por ter sido ministro e pertencer ao partido que mandou no país nos últimos anos”, referem os autores da sondagem.

Quanto às questões que revelam a confiança nos líderes, as respostas divulgadas revelam que 64,8% não compraria um carro em segunda mão a nenhum deles, 65,8% rejeitaria entregar dinheiro para gerir a qualquer um deles, mais de 55% não lhes pediria conselhos financeiros e 59,8% não gostaria de jantar nem com um nem com outro. “A personalidade que irá arrebatar o coração dos portugueses ainda não foi descoberta”, dizem os autores do estudo.

A avaliação negativa é, aliás, transversal a todos os líderes de partidos políticos e ainda caiu mais no último mês. Pedro Nuno e Montenegro angariam 2,5 valores numa escala em que o 3 é o nível neutro e ficam abaixo de Mariana Mortágua e Rui Tavares, que conseguem 2,7 valores. Rui Rocha desceu e ficou pelos 2,6, a mesma avaliação de Inês Sousa Real.

André Ventura e Paulo Raimundo são os que têm pior avaliação nesta escala - apenas 2,3 valores -, o que contrasta com o crescimento do Chega no mesmo barómetro.

Marcelo Rebelo de Sousa mantém também a tendência de queda de Dezembro e fica com 2,8 pontos, mas ainda assim é o menos mal-visto dos protagonistas políticos. O Governo está com 2,5 valores e António Costa 2,4. A Assembleia da República desceu para 2,7 valores.

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