Benfica e Estoril desdobram-se na arte do elogio na Taça da Liga

“Águias” e “canarinhos” decidem esta noite (19h45, SIC), em Leiria, quem avança para a final da 17.ª edição da Taça da Liga.

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Reuters/PEDRO NUNES
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De um lado, o peso-pesado da Luz, com oito finais e recordista de troféus, com sete títulos conquistados no espaço de oito anos (entre 2009 e 2017); do outro, o estreante da Linha de Cascais, um “intruso” que surge nesta “final four” depois de afastar o FC Porto, detentor do título.

Antes de abrirem as hostilidades, enquanto tentam contornar as questões do mercado de transferências, os treinadores afinaram pelo diapasão do elogio.

Roger Schmidt não ignora a entrada em falso dos “canarinhos” em 2024, com quatro derrotas (frente a Sporting, FC Porto, Moreirense e Arouca) e 14 golos sofridos. Ainda assim, prefere centrar-se nos dois triunfos alcançados pela formação de Vasco Seabra frente aos “dragões” — no campeonato e Taça da Liga —, um “lembrete” do que o Benfica poderá enfrentar numa competição a eliminar e onde há um ano se ficou pela fase de grupos, somando já oito anos sem conquistar a prova.

Uma perspectiva simpática do treinador do Benfica, numa fase em que o clube “arruma” a casa com quatro reforços (Jurasek, João Vítor, Gonçalo Guedes e Chiquinho) e quatro entradas (Marcos Leonardo, Rollheiser, Álvaro Carreras e Prestianni).

Fiéis ao futebol positivo

“São muito corajosos e perigosos. Perderam os últimos quatro jogos, mas podiam ter ganho alguns. Espero que sejam fiéis ao seu estilo...”, deseja o alemão, a contar com um adversário que ainda não viu adoptar uma postura defensiva.

Ideia, entretanto, contrariada por Vasco Seabra. Pelo menos no plano das palavras. O técnico escondeu o jogo relativamente o médio francês Koba Koindredi, possível reforço do Sporting, que Seabra garante estar entre as opções para Leiria, independentemente de poder ser titular.

Incontornável é o sentimento dos estorilistas, para quem a presença inédita na “final four” é um momento histórico de que todos pretendem fruir.

“Estamos perante um momento histórico que é para desfrutar, sempre com ambição” assume, garantindo que “estes valores estão enraizados na equipa”, independentemente do trajecto em 2024, fase marcada por resultados “menos positivos” que o Estoril pretende corrigir, mesmo sabendo que pela frente terão um Benfica embalado por oito vitórias consecutivas e que no plano doméstico não perde desde a primeira jornada, perante o Boavista.

Também por isso, na perspectiva de Vasco Seabra, “o Benfica tem a responsabilidade total!”, concede, justificando o juízo com o facto de o adversário desta noite carregar um histórico de conquistas na Taça da Liga, aliado ao ciclo intocável nos dois últimos meses.

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