A portuguesa Taberna Londrina vai abrir perto de Paris. E quer “globalizar a francesinha”

Para os franceses, francesinha. E na Londrina, taberna com nome da praça que a viu nascer em Guimarães, é à moda do berço. Com 10 anos de história e 15 restaurantes em Portugal, avança para França.

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A Taberna Londrina abrirá em Fevereiro em Saint-Maur des Fossés, arredores de Paris dr
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A tradição é do Porto, mas outras cidades também reclamam o título de melhor francesinha do país (e do mundo). Em Guimarães, não há como a Taberna Londrina. São já dez anos de história e 15 restaurantes em todo o país. O próximo será além-fronteiras. A Londrina de Saint-Maur des Fossés (Boulevard de Créteil)​, nos arredores de Paris, abrirá a 23 de Fevereiro.

José Gomes está há apenas cinco meses na empresa, mas traz esta história de modernização e de aposta na diferença” na ponta da língua. Ao PÚBLICO, o responsável pelo marketing e comunicação explica que a escolha visa a larga comunidade lusófona em França, mas que há muitos outros clientes a conquistar. “O objectivo é globalizar a francesinha”, partilha. Após este primeiro passo, poderão chegar, quem sabe, a outros continentes”.

E porque a invenção da “sandes mais extravagante e louca de sempre”, como a descreveu o chef britânico Jamie Oliver, parte de uma receita tradicional francesa, o Croque-Monsieur (uma sandes quente de queijo e presunto), José Gomes acredita que “o público francês até poderá estranhar o aspecto visual da francesinha mas não estará totalmente desenquadrado com aquilo que a francesinha é”.

Ainda que seja uma casa dedicada à francesinha, é possível comer outros petiscos TABERNA LONDRINA
Ainda que seja uma casa dedicada à francesinha, é possível comer outros petiscos TABERNA LONDRINA
Ainda que seja uma casa dedicada à francesinha, é possível comer outros petiscos TABERNA LONDRINA
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Ainda que seja uma casa dedicada à francesinha, é possível comer outros petiscos TABERNA LONDRINA

Da tentativa e erro a uma década de sucesso​

Foi em 2014 que Eduardo Xavier e Francisco Varela se aventuraram no mundo do pão, carnes, queijo, ovo e, claro, o típico molho — juntos inventaram um molho mais cremoso e adocicado que o da Francesinha à moda do Porto. Mas como há quem diga que não há comida como a da nossa mãe, Eduardo Xavier decidiu não arriscar. O molho da Londrina, mais alaranjado que o tom avermelhado original, contou e conta ainda com o parecer e ajuda da matriarca do sócio.

Mais tarde, juntaram-se os também vimaranenses Sérgio Cunha e André Novais. Consigo trouxeram a vontade de expansão. Da localização original, na Praça londrina, em Guimarães, onde a taberna ainda se mantém, surgiram casas em Famalicão, Braga, Porto, Coimbra e Lisboa. Mas para que o segredo desta reinvenção não se perca, o molho continua a ser apenas feito no berço.

E para os que porventura se mostrem mais cépticos, a cadeia também oferece outros petiscos, além de saladas e pratos de peixe. É, sobretudo, um “espaço para toda a família” — dos amantes de uma década às crianças e vegetarianos. “É certo que a francesinha é o que nos traz mais fama e é a bandeira da casa, reconhece José Gomes, mas o espaço é o de uma cervejaria moderna, com tudo o que o nome tem direito.

Ficam a faltar a região Sul e as ilhas, mas o responsável pelo marketing e comunicação da empresa adianta que 2024 trará mais novidades.


Texto editado por Luís J. Santos

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