Sp. Braga vence Sporting e regressa à final da Taça da Liga

Golo solitário de Abel Ruiz deu o triunfo aos minhotos sobre os “leões”, que desperdiçaram muitas oportunidades.

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LUSA/PAULO NOVAIS
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O Sp. Braga qualificou-se nesta terça-feira, pela quinta vez, para a final da Taça da Liga, ao bater em Leiria, o Sporting, por 1-0. Um golo de Abel Ruiz foi o suficiente para os minhotos garantirem a presença na final de sábado, na qual irão defrontar o vencedor do Benfica-Estoril. Os "leões" foram vítimas do seu próprio desperdício, acertando três vezes nos ferros e desbaratando múltiplas oportunidades até ao momento em que sofreram o golo. Depois disso, o jogo mudou e os minhotos continuam na luta para conquistarem a terceira Taça da Liga da sua história.

Pelos “onzes” anunciados, o Sporting ia ser igual a si próprio, nos nomes e no perfil táctico, o Sp. Braga iria ter uma versão adaptada ao adversário. Artur Jorge pensou numa equipa de meio-campo reforçado e sem uma referência ofensiva declarada, apostando em Álvaro Djaló como avançado centro, um homem veloz para ganhar em corrida ao central do meio dos “leões”, Coates. Pensava o treinador minhoto que iria ter gente para segurar a bola o tempo suficiente e conseguir deixá-la para as acelerações de Djaló, ou abrir espaços para os remates de Horta e Zalazar.

O primeiro minuto de jogo começou por dar razão a Artur Jorge, com uma boa aceleração de Zalazar pela direita e aproximação à linha de fundo antes de deixar para Horta finalizar com o calcanhar. Mas Israel estava atento, e segurou a bola com as duas mãos. Foi o ponto alto ofensivo do Sp. Braga durante a primeira parte. Depois, foi com naturalidade que o Sporting se impôs, mais seguro do que estava a fazer. Valeu ao Sp. Braga a firmeza do seu guarda-redes e dos ferros da sua baliza.

Logo aos 13’, Pedro Gonçalves arrancou um tiro de fora da área que acertou no poste. Aos 23’, Trincão proporcionou uma bela defesa a Matheus depois de um passe de Nuno Santos. Aos 37’, Coates obrigou Matheus a mais uma defesa difícil e, logo a seguir, foi Nuno Santos a forçar o brasileiro (que ocupa a baliza bracarense há mais de uma década) a desviar para o poste. Aos 43’, Eduardo Quaresma teve uma iniciativa individual que quase deu golo. Aos 45’, Nuno Santos acertou no poste com um remate de trivela. O 0-0 ao intervalo era lisonjeiro para o Sp. Braga e penalizador para tanto desperdício “leonino”.

O jogo recomeçou exactamente como tinha acabado, com mais desperdício do Sporting. Depois de ter andado desaparecido durante a primeira parte, Gyökeres conseguiu libertar-se duas vezes da marcação de Paulo Oliveira e criou duas situações de finalização. Primeiro, atirou ao lado, depois decidiu mal – tentou o passe para Trincão, quando podia ter rematado. Instantes mais tarde, Nuno Santos, com a baliza à sua mercê, atirou por cima.

Entretanto, Artur Jorge já tinha normalizado a sua equipa, dando-lhe uma referência no ataque, Abel Ruiz. E, logo na primeira vez que tocou na bola, fez golo. O cruzamento veio de Ricardo Horta e o espanhol, no coração da área, fez o 1-0. E como mudou o sentido do jogo.

O Sporting deixou de criar perigo, o Sp. Braga esteve perto do segundo golo, numa dupla oportunidade que Israel deteve com competência – primeiro um remate de Salazar, depois uma recarga à queima-roupa de Horta. Depois, foi Rúben Amorim que descaracterizou a equipa, no tudo por tudo em busca do empate, mas o Sporting não conseguiu voltar ao jogo. E o Sp. Braga agradeceu.

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