Rovanperä em part-time abre caminho a novo campeão mundial em 2024

Piloto finlandês segue exemplo de Sébastien Ogier e alivia a pressão após 15 anos de intensa competição.

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Kalle Rovanperä vai participar no WRC em part-time EPA/JOSE COELHO
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A primeira das 13 etapas do Mundial de Ralis (WRC) que arranca na quinta-feira, em Monte Carlo, ficará marcada pela ausência do bicampeão Kalle Rovanperä (participará em regime parcial e estreia-se na Suécia), pelo que são fortes as probabilidades de 2024 conhecer um novo campeão.

Aos 23 anos, o fenómeno finlandês Kalle Rovanperä (Toyota) seguiu os passos do seu antecessor, o francês Sébastien Ogier (Toyota), e decidiu participar apenas em algumas provas do campeonato, em que defende o título conquistado nos últimos dois anos, após ter batido todos os recordes de precocidade.

Desta forma, o belga Thierry Neuville (Hyundai), o britânico Elfyn Evans (Toyota) e o estónio Ott Tänak (Hyundai) assumem o favoritismo na corrida ao título.

Tänak deixou a Ford e optou por regressar à casa sul-coreana, onde já tinha estado em 2020 e 2021, depois de ter conquistado o título mundial de pilotos pela Toyota, em 2019.

O finlandês Esapekka Lappi pilotará o terceiro Hyundai, que será dividido, ainda, com o espanhol Dani Sordo e o norueguês Andreas Mikkelsen, que regressa à categoria principal.

Na Toyota, Elfyn Evans terá a companhia do japonês Takamoto Katsuta a tempo inteiro, com o terceiro carro a ser dividido por Rovanperä e Ogier.

"Já piloto carros de ralis há 15 anos e isso é muito tempo. As últimas épocas foram extraordinárias, mas também muito exigentes física e psicologicamente", explicou, na altura, Rovanperä, que em 2022 se tornou, então com 22 anos, no mais novo campeão de sempre do WRC.

Já a M-Sport Ford faz alinhar o francês Adrien Fourmaux e o luxemburguês Gregoire Munster.

Numa altura em que se discute o futuro do campeonato e a receita para estancar a perda de audiências e de interesse naquele que já foi um dos desportos mais populares, o ciclo de vida dos actuais carros Rally 1 (híbridos) pode estar perto do fim.

Em cima da mesa está a possibilidade de promover os actuais Rally 2 a categoria principal pois, sendo mais baratos, atraem mais construtores.

Para já, o actual modelo deverá continuar até final de 2026, esperando-se o início de um novo ciclo a partir do ano seguinte, com a prevista alteração dos regulamentos.

Pela 16.ª vez consecutiva, o Rali de Portugal integra o calendário de 13 provas do Mundial, que regista como principal novidade para 2024 as entradas da Polónia e da Letónia, em detrimento do México e da Estónia.

O Rali de Portugal é a quinta prova do Mundial, depois de Mónaco, Suécia, Quénia e Croácia.