Deslizamento de terras no sudoeste da China faz pelo menos oito mortos. Há dezenas de desaparecidos
Incidente ocorreu às 5h51 na vila de Zhenxiong e afectou cerca de 18 casas na zona baixa entre duas montanhas. Operações de resgate estão a ser dificultadas pelas baixas temperaturas e queda de neve.
Pelo menos oito pessoas morreram esta segunda-feira num deslizamento de terras em Yunnan, no sudoeste da China. Há dezenas de pessoas desaparecidas e as operações de resgate estão a ser dificultadas pelas baixas temperaturas e queda de neve. Não se sabe, para já, o que terá provocado o acidente.
Mais de 200 militares foram já destacados para operações de resgate, que prosseguem depois de terem sido retiradas mais de duzentas pessoas da zona. As autoridades enviaram quase mil equipas de resgate e quase 200 veículos para o local.
Pelo menos 47 pessoas de 18 famílias estavam desaparecidas, segundo avançou o canal estatal China Central Television (CCTV). Duas pessoas foram hospitalizadas devido a ferimentos na cabeça e no corpo, informou a comissão nacional de saúde.
O incidente ocorreu às 5h51 de segunda-feira (21h51 de domingo em Portugal) na vila de Zhenxiong, situada no norte da região, e afectou cerca de 18 casas na zona baixa entre duas montanhas. "Estávamos a dormir nessa altura, era de manhã cedo e ainda estava escuro. De repente, ouviu-se um ruído forte e o chão tremeu. Parecia um grande terramoto", disse um residente local, citado pelo jornal local Jimu News.
A região registou uma forte queda de neve durante a noite de domingo e, embora a intensidade seja menor, ainda não diminuiu, com temperaturas a rondar os zero graus Celsius.
O estado das estradas que conduzem à zona afectada, congeladas ao amanhecer, está a dificultar os esforços de socorro, disse um funcionário do gabinete local de gestão de catástrofes. No rescaldo, as autoridades de Yunnan activaram o nível três do protocolo de resposta a emergências.
O vice-primeiro-ministro chinês, Zhang Guoqing, vai liderar um grupo de trabalho para orientar os trabalhos de resgate. Já o Presidente chinês, Xi Jinping, apelou para um "esforço total" para procurar e resgatar as pessoas soterradas, referiu a agência de notícias oficial Xinhua.
O aluimento de terras ocorreu pouco mais de um mês depois de o terramoto mais forte dos últimos anos ter atingido a China a noroeste, numa região remota entre as províncias de Gansu e Qinghai. Pelo menos 149 pessoas morreram no abalo de magnitude 6,2 na escala de Ritcher, registado a 18 de Dezembro. Cerca de mil pessoas ficaram feridas e mais de 14 mil casas foram destruídas.