Há mais de meio século que Nazaré Graciano, 75 anos, passa grande parte dos dias atrás do balcão do pequeno quiosque de venda de jornais, revistas e jogos de fortuna e azar instalado no número 235 da Rua da Madalena. E garante que nunca viu nada assim. “É uma desgraça. Nem imagina o que aqui sofro. Há dias em que saio daqui com a cabeça em água. Uma barulheira constante. E os meus pulmões é que sofrem”, queixa-se, ao ser questionada sobre os efeitos do fluxo constante do tráfego rodoviário que desce aquela artéria mesmo em frente da porta do estabelecimento. “Isto piorou muito desde que cortaram o trânsito na Rua da Prata. É uma correria constante de ambulâncias e autocarros”, conta a comerciante, que ali trabalha há já 52 anos.
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