Exibição de Taylor Fritz encheu as medidas no Open da Austrália

Aryna Sabalenka ainda mais candidata a revalidar o título em Melbourne.

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Taylor Fritz EPA/MAST IRHAM
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Morgan Riddle sentiu Taylor Fritz confiante de mais em vésperas de defrontar Stefanos Tsitsipas, sétimo do ranking e finalista no ano passado, nos oitavos-de-final do Open da Austrália. E tendo como testemunhas os seus mais de 400 mil seguidores nas redes sociais, a namorada do tenista apostou que, se ele vencesse, ela teria de comer um frasco inteiro de vegemite, pasta alimentícia muito popular na Austrália. Só que Fritz confirmou o bom momento de confiança e somou a primeira vitória sobre um top 10 num torneio do Grand Slam, obrigando Morgan a pagar a promessa.

Fritz (12.º) acumulou 50 winners (incluindo 13 ases) e ganhou 68 dos 79 pontos em que colocou o primeiro serviço para derrotar o grego, por 7-6 (7/3), 5-7, 6-3 e 6-3, em três horas. O americano, que tinha perdido os 11 confrontos anteriores em majors com adversários do top 10, reservou o melhor para o fim, ao dominar os terceiro e quarto sets graças a 24 winners e apenas quatro erros não forçados (19 no total).

“Penso que joguei muito bem do início ao fim. Estou especialmente satisfeito pela forma como terminei: nos últimos três jogos, era quase como se estivesse em transe, sabia exactamente qual a pancada a escolher, tomei sempre a decisão certa. Oxalá soubesse sempre como sentir-me assim”, disse Fritz, ao atingir os quartos-de-final no Grand Slam pela terceira vez, depois de Wimbledon em 2022 e US Open, no ano passado.

O americano de 26 anos tem agora um desafio ainda maior: estrear-se nas meias-finais de um major e derrotar Novak Djokovic, a quem Fritz só conseguiu vencer dois sets no total dos oito embates anteriores; foi aqui, na terceira ronda em 2021.

Djokovic, campeão aqui em 10 ocasiões nas últimas 15 participações, somou a 32.ª vitória consecutiva em Melbourne, ao arrasar Adrian Mannarino (19.º), com os parciais de 6-0, 6-0 e 6-3. O francês, que ultrapassou todas as três rondas anteriores em cincos sets, teve um momento de festa, quando finalmente ganhou um jogo, no início do terceiro set.

Outro top 10 a ser eliminado foi Alex de Minaur, recém-entrado para essa elite. Andrey Rublev (5.º) estragou a festa dos australianos que viram o número um local, liderar por 2-1 em sets antes de soçobrar, pelos parciais de 6-4, 6-7 (5/7), 6-7 (4/7), 6-3 e 6-0. Nos “quartos”, Rublev vai encontrar Jannik Sinner (4.º), que venceu Karen Khachanov (15.º), por 6-4, 7-5 e 6-3, e continua sem ceder um set na competição.

Na mesma situação está Aryna Sabalenka, campeã em título e melhor tenista em prova, depois da eliminação de Iga Swiatek. A bielorrussa continua sem mostrar sinais de pressão e, em 70 minutos, ultrapassou Amanda Anisimova, por 6-3, 6-2. Anisimova, de 22 anos, só dispôs de um único break-point, já no derradeiro jogo, mas deixou bons sinais no segundo torneio desde Abril, após uma paragem para cuidar da sua saúde mental.

Sabalenka ganhou 27 dos 31 pontos disputados com o primeiro serviço, disparado a uma média de 181 km/h e vai agora defrontar a campeã de Roland Garros de 2021, Barbora Krejcikova (11.ª) que encerrou a excelente prova da russa de 16 anos, Mirra Andreeva (47.ª), impondo-se por 6-4, 3-6 e 6-2.

Em forma está igualmente Coco Gauff (4.ª), que nos últimos cinco meses só perdeu quatro encontros e frente a duas jogadoras (Iga Swiatek e Jessica Pegula). A vencedora do último US Open somou a 11.ª vitória consecutiva em majors, ao derrotar Magdalena Frech (69.ª), por 6-1, 6-2.

Gauff vai discutir um lugar nas meias-finais com Marta Kostyuk campeã júnior em 2017, com 14 anos. A ucraniana, 37.ª no ranking, salvou um match-point na segunda ronda e está agora nos quartos-de-final do Grand Slam pela primeira vez, após vencer a qualifyer russa Maria Timofeeva (170.ª), por 6-2, 6-1.

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