“Governo não fará quaisquer inaugurações”, mas tem de trabalhar, alega ministra da Presidência
Acção do Governo ficou restringida desde que foram oficialmente marcadas as legislativas antecipadas de Março.
A ministra da Presidência garantiu nesta quinta-feira que até às eleições “o Governo não fará qualquer inauguração e não estará presente no terreno como esteve até serem marcadas as eleições”. Porém, como está em gestão, continuará a reunir-se quinzenalmente e a “praticar actos que são necessários, inadiáveis e urgentes”, nomeadamente os que “dizem respeito ao acesso a fundos europeus”, acrescentou a ministra Mariana Vieira da Silva no briefing da reunião do Conselho de Ministros da manhã desta quinta-feira.
Questionada pelos jornalistas sobre a postura do executivo e sobre, por exemplo, o facto de ter anunciado nesta quinta-feira um novo plano integrado de apoio aos transportes com um orçamento reforçado, a ministra alegou que se trata da regulamentação do Orçamento do Estado que está em vigor e que era necessário fazê-lo para se poder executar o documento.
Pouco antes, sobre o facto de as actualizações salariais dos professores serem pagas apenas no final de Fevereiro, em plena campanha eleitoral, a governante disse que os diplomas sobre os docentes foram aprovados com o Governo “totalmente em funções” e que se há um pagamento de forma concentrada “é porque não foi possível pagar no mês previsto”. “Não há decisões novas [sobre o assunto], o Governo tinha um calendário e não acrescentou nada no momento em que deixou de estar em funções”, declarou Mariana Vieira da Silva.
A ministra lembrou os alertas da CNE – Comissão Nacional de Eleições para garantir que o Governo em gestão não fará inaugurações, nem terá uma presença no terreno “que possa ser confundida com acções de outra natureza”. “Mas outra coisa é o Governo poder fazer o seu trabalho dentro dos constrangimentos que a CNE identifica e que o Governo cumprirá totalmente”, prometeu Mariana Vieira da Silva.