“Governo não fará quaisquer inaugurações”, mas tem de trabalhar, alega ministra da Presidência

Acção do Governo ficou restringida desde que foram oficialmente marcadas as legislativas antecipadas de Março.

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Ministra da Presidência defende que Governo pode tomar medidas urgentes e inadiáveis. LUSA/ANTÓNIO COTRIM
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A ministra da Presidência garantiu nesta quinta-feira que até às eleições “o Governo não fará qualquer inauguração e não estará presente no terreno como esteve até serem marcadas as eleições”. Porém, como está em gestão, continuará a reunir-se quinzenalmente e a praticar actos que são necessários, inadiáveis e urgentes, nomeadamente os que dizem respeito ao acesso a fundos europeus, acrescentou a ministra Mariana Vieira da Silva no briefing da reunião do Conselho de Ministros da manhã desta quinta-feira.

Questionada pelos jornalistas sobre a postura do executivo e sobre, por exemplo, o facto de ter anunciado nesta quinta-feira um novo plano integrado de apoio aos transportes com um orçamento reforçado, a ministra alegou que se trata da regulamentação do Orçamento do Estado que está em vigor e que era necessário fazê-lo para se poder executar o documento.

Pouco antes, sobre o facto de as actualizações salariais dos professores serem pagas apenas no final de Fevereiro, em plena campanha eleitoral, a governante disse que os diplomas sobre os docentes foram aprovados com o Governo totalmente em funções e que se há um pagamento de forma concentrada é porque não foi possível pagar no mês previsto. Não há decisões novas [sobre o assunto], o Governo tinha um calendário e não acrescentou nada no momento em que deixou de estar em funções, declarou Mariana Vieira da Silva.

A ministra lembrou os alertas da CNE – Comissão Nacional de Eleições para garantir que o Governo em gestão não fará inaugurações, nem terá uma presença no terreno “que possa ser confundida com acções de outra natureza. Mas outra coisa é o Governo poder fazer o seu trabalho dentro dos constrangimentos que a CNE identifica e que o Governo cumprirá totalmente, prometeu Mariana Vieira da Silva.

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