Nuno Borges atinge a terceira ronda no Open da Austrália

Três tenistas do top 10 eliminados no quinto dia do primeiro torneio do Grand Slam de 2024.

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Nuno Borges afastou Davidovich-Fokina em três sets EPA/MAST IRHAM
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Houve de tudo na quinta jornada do Open da Austrália, que terminou perto das quatro da manhã de Melbourne: excelente ténis, recordes, chuva, surpresas e emoção a rodos. Dos 16 encontros de singulares, 15 foram decididos no último set, três dos quais no match tie-break. O único no qual o vencedor não cedeu qualquer set foi histórico para Nuno Borges — o tenista português derrotou o 23.º cabeça de série, Alejandro Davidovich Fokina e, pela primeira vez, chega à terceira ronda de uma prova do Grand Slam.

“Estou muito contente, é uma grande altura para ter a minha melhor vitória de carreira. E, à melhor de cinco sets no Grand Slam, vale mais, sem dúvida”, admitiu Borges (69.º mundial), depois de eliminar Davidovich Fokina (24.º), por 7-6 (9/7), 6-3 e 6-3, em 2h18m.

No primeiro set, Borges acumulou 32 erros directos e viu o espanhol servir a 6-5, liderar o tie-break por 5/2 e dispor de um set-point, mas conseguiu inverter o sentido do encontro e imitou os compatriotas Frederico Gil e João Sousa, os únicos a atingirem a terceira ronda num quadro masculino do Grand Slam.

“Não comecei a servir muito bem, mas senti que acabei muito melhor. Soube usar um bocadinho o vento a meu favor e claro que ganhar aquele primeiro set deu algum ascendente”, resumiu o tenista da Maia.

Borges, que deverá sair de Melbourne com um novo melhor ranking de carreira, terá como terceiro adversário, no sábado, Grigor Dimitrov, actual 13.º do ranking, depois de, na primeira semana do ano, ter conquistado em Brisbane o nono título da carreira — e primeiro desde 2017. Nesta quinta-feira, o búlgaro de 32 anos eliminou o australiano Thanasi Kokkinakis (80.º), por 6-3, 6-2, 4-6 e 6-4.

Antes, Borges irá disputar a segunda ronda da prova de pares, fase para a qual se qualificou Francisco Cabral ao lado de Henry Patten. A dupla luso-britânica salvou um match-point antes de eliminar os australianos Tristan Schoolkate e Adam Walton, por 6-3, 6-7 (6/8) e 7-6 (10/4).

Holger Rune (8.º) foi o primeiro do top 10 masculino a ser eliminado do Open da Austrália, ao perder com o francês Arthur Cazaux (122.º), por 7-6 (7/4), 6-4, 4-6 e 6-3. Alexander Zverev (6.º) esteve a perder 1-2 em sets com o qualifier eslovaco Lukas Klein (163.º), mas impôs-se no tie-break do último set, tal como Casper Ruud (11.º) diante de Max Purcell (45.º).

O dia terminou com Daniil Medvedev (3.º), pela terceira vez na carreira, a ganhar depois de ceder os dois sets iniciais. O russo venceu Emil Ruusuvuori (53.º), por 3-6, 6-7 (1/7), 6-4, 7-6 (7/1) e 6-0, num encontro que terminou às 3h39 locais, sendo o terceiro final mais tardio do Open. O recorde data de 2008, quando Lleyton Hewitt e Marcos Baghdatis jogaram até às 4h34.

Na prova feminina, já caíram quatro top 10 e só restam 13 das 32 cabeças de série. As duas últimas vítimas sonantes foram Elena Rybakina (3.ª) e Jessica Pegula (5.ª). Campeã em Wimbledon há dois anos, Rybakina desperdiçou seis pontos para fechar o embate com Anna Blinkova (57.ª) e foi a russa de 25 anos a aproveitar o seu nono match-point para vencer o decisivo e mais longo tie-break em encontros de singulares na história do Grand Slam: 6-4, 4-6 e 7-6 (22/20).

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