Autoridades confirmam morte de refém com nacionalidade portuguesa

As autoridades israelitas confirmaram a morte de Yossi Sharabi, refém do movimento islamista Hamas com nacionalidade portuguesa.

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Yosef e as filhas, Ofir, Oren, Yuval, com a sua mulher, Nira DR
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Familiares de reféns juntaram-se em Telavive para apelar pela libertação dos reféns do Hamas Reuters/ALEXANDRE MENEGHINI
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As autoridades israelitas confirmaram a morte do refém do movimento islamista Hamas com nacionalidade portuguesa. A informação foi avançada esta terça-feira pelo embaixador de Israel em Portugal, Dor Shapira, numa publicação na rede social X.

"O nosso coração está destroçado. Esta noite foi anunciado oficialmente pelas autoridades israelitas que Yossi Sharabi foi assassinado enquanto estava em cativeiro", escreveu o diplomata. "Yossi, que também tinha nacionalidade portuguesa, foi raptado em Gaza no dia 7 de Outubro, quando ainda estava vivo, e foi assassinado durante o cativeiro por terroristas do Hamas", acrescentou.

Dor Shapira salienta ainda que teve "o privilégio de conhecer o carácter de Yossi", de 53 anos, através da sua mulher, que visitou Portugal no mês passado, considerando-o "um homem cheio de bom coração".

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, lamenta a morte do português. "Confirmado que um refém com a nacionalidade portuguesa retido em Gaza terá sido vítima da situação militar naquele território, o Presidente da República apresenta as suas condolências aos familiares e amigos e lamenta as circunstâncias que determinaram a sua morte", lê-se numa breve nota de pesar publicada no site da Presidência da República.

O Hamas já havia declarado na segunda-feira a morte de Yossi Sharabi, que surgia num vídeo propagandístico divulgado no domingo pelo movimento islamita na rede Telegram, pedindo ao primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, a cessação da guerra na Faixa de Gaza.

A Embaixada de Israel em Portugal indicou à Lusa que Sharabi tem nacionalidade portuguesa e que a sua mulher, Nari, esteve em Lisboa no mês passado a pedir ajuda ao Governo para exercer esforços no sentido da sua libertação.

Mais de 100 continuam reféns

Assinalando os 100 dias de guerra, as famílias dos mais de 100 reféns em posse do Hamas convocaram uma manifestação massiva no domingo em Telavive durante 24 horas para exigir que o Governo israelita faça todos os possíveis e negocie o que for necessário para trazê-los de volta, enquanto Netanyahu está empenhado na manutenção da pressão militar sobre o grupo islamita como única alternativa.

Após o ataque de 7 de Outubro, os combates só foram interrompidos durante uma semana - entre 24 e 30 de Novembro -, numa trégua mediada pelo Qatar, Egipto e Estados Unidos, que incluiu a libertação de 105 reféns detidos pelo Hamas em troca de 240 prisioneiros palestinianos e a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza.