Ruy Blanes e o registo ansioso da “desconstrução da narrativa do MPLA como o partido de Angola”

O investigador conversa sobre o movimento revolucionário em Angola a partir do seu livro A Revolução Angolana no Século XXI. “Este livro é claramente uma crítica ao MPLA”, diz.

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"Não se poderá dizer que houve uma revolução, no sentido ortodoxo do termo (...), mas houve alguma coisa que ficou desses movimentos, a consciencialização progressiva de que se pode, e deve, lutar contra o conformismo, que é uma cultura muito instalada em Angola" Daniel Rocha
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Andava a estudar as igrejas em Angola, mas apanhou todo o processo revolucionário em curso contra o Governo do Presidente José Eduardo dos Santos na segunda década do século XXI, sobretudo com o chamado processo dos 15+2 (jovens que por terem um grupo de leitura foram detidos e condenados de rebelião, tendo passado um ano na prisão até serem amnistiados), e, desiludido com a forma como as igrejas pregavam a paz e a justiça social, mas, perante o que se estava a passar, tinham uma postura institucional alinhada com o regime que era a fonte da violência, resolveu mudar de objecto de estudo.

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