É uma “mudança radical de paradigma” e que poderá pôr em causa a própria definição de renda acessível. É assim que os partidos da oposição na Câmara de Lisboa vêem as novas regras propostas pelo executivo liderado por Carlos Moedas (Novos Tempos) para o modelo de parceria com privados das operações de habitação acessível. No centro da discórdia está, sobretudo, a forma como serão fixadas as rendas dos apartamentos, que deixarão de ter como tecto uma taxa de esforço de 30% sobre o rendimento das famílias, passando a ser definidas por um desconto de 20% sobre o valor mediano de mercado em cada freguesia. O que, acusam, terá como consequência prática que, tendo em conta os valores actuais do mercado, grande parte da classe média se veja impossibilitada de concorrer a essas casas.
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