Músicos e artistas do Stop vão manifestar-se junto dos proprietários das salas de ensaio

A manifestação está marcada para esta terça-feira à hora em que decorre uma assembleia do condomínio no auditório do Centro Comercial Stop.

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Manifestação pelo Stop, realizada a 23 de Setembro de 2023 Paulo Pimenta
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Os músicos e artistas do centro comercial Stop, no Porto, vão manifestar-se, nesta terça-feira, junto dos proprietários das várias lojas, durante a assembleia de condomínio, que vai deliberar sobre uma nova administração.

Numa publicação feita esta segunda-feira na rede social Instagram, os músicos indicam que a manifestação de interesse irá decorrer pelas 14h no auditório do centro comercial Stop.

Em causa está a "falta de comunicação e transparência", o funcionamento do centro comercial após as 23h e a participação da comunidade de músicos e artistas na administração do edifício.

A manifestação irá coincidir com a reunião anual da assembleia de condomínio do centro comercial Stop..

Num ofício a que a Lusa teve acesso, a mesa da assembleia esclarece que o mandato do administrador Ferreira da Silva "caduca as funções para que foi nomeado para 2022-2023" e que o mesmo não será reconduzido.

Os proprietários e a comunidade artística tinham até quinta-feira para apresentar as listas candidatas para o biénio 2024-2025, que serão discutidas e votadas na respectiva reunião.

A par da nova administração de condomínio, os proprietários vão deliberar sobre o orçamento para este e o próximo ano, assim como analisar a situação do prédio "perante a Câmara do Porto", as acções que foram e serão desenvolvidas, e as acções jurídicas em curso.

A classificação do centro comercial Stop como imóvel de interesse municipal foi aprovada, por unanimidade, pelo executivo municipal em 6 de Novembro.

A aprovação do início do procedimento de classificação implica, ao abrigo da Lei de Bases do Património Cultural, a constituição de uma zona geral de protecção de 50 metros.

Em resposta à agência Lusa, a Direcção Regional de Cultura do Norte (DRCN) manifestou-se a 30 de Novembro favorável à classificação do imóvel, tendo o processo sido encaminhado para a Direcção Geral do Património Cultural (DGPC) para decisão final.

A 4 de janeiro, a Lusa contactou a DGPC sobre esta matéria e ainda aguarda resposta.

O Stop, onde maioritariamente funcionam salas de ensaio e estúdios, viu a maioria das suas fracções serem seladas em 18 de Julho, deixando quase 500 artistas e lojistas sem terem para onde ir, mas reabriu a 4 de Agosto, com um carro de bombeiros à porta.

O Stop vai continuar a funcionar por tempo indeterminado na sequência de uma providência cautelar interposta pelos proprietários à decisão da câmara de encerrar o edifício, confirmou a 22 de Setembro o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira.