Protecção Civil alerta para risco de cheias e inundações no Norte e Centro
IPMA prevê chuva forte até segunda-feira em vários distritos das regiões Norte e Centro de Portugal.
A Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil (ANEPC) emitiu este sábado um aviso à população para o risco de ocorrência de cheias e inundações em Portugal continental face à previsão de chuva nas próximas 48 horas, até segunda-feira, 15 de Janeiro.
No aviso, a ANEPC refere que o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) prevê chuva, por vezes forte e persistente, nas regiões Norte e Centro nas próximas 48 horas e, a partir de segunda-feira, também no Alentejo.
Estarão sob aviso amarelo, entre a madrugada deste domingo e a madrugada de segunda-feira, os distritos de Viana do Castelo, Braga, Porto, Viseu e Aveiro. O IPMA deixa ainda um alerta para precipitação forte na região de Vila Real, entre as 21h de domingo e as 6h de segunda-feira, e para Castelo Branco, Guarda e Coimbra, entre as 3h e as 9h de segunda-feira.
Neste período, face ao agravamento das condições meteorológicas adversas — chuva forte, intensificação do vento e agitação marítima —, a Protecção Civil avisa para a previsão de "inundações em zonas urbanas, causadas por acumulação de águas pluviais por obstrução dos sistemas de escoamento ou por galgamento costeiro", bem como a ocorrência de cheias, "potenciadas pelo transbordo do leito de alguns cursos de água, rios e ribeiras".
A ANEPC aponta risco de inundações urbanas na Bacia Hidrográfica do Tejo e risco de subida de afluências no rio Vez, no rio Lima, no Norte, e no sistema da Aguieira, Raiva e Fronhas, na Bacia do Mondego, região Centro.
A partir de domingo, é esperada a subida de caudais nas localidades a jusante da Caniçada e de Vilarinho das Furnas, na Bacia do Cávado, e também o aumento de caudais afluentes a Ribeiradio e nas localidades a jusante da barragem e de caudais afluentes a Águeda, na Bacia do Vouga (Centro).
Perante esta previsão meteorológica, a Protecção Civil avisa para a instabilidade de vertentes e risco de deslizamentos e derrocadas, piso rodoviário escorregadio devido a possíveis lençóis de água, queda de árvores e de postes de telecomunicações e energia, danos em estruturas montadas ou suspensas e dificuldades de drenagem em sistemas urbanos, "podendo causar inundações nos locais historicamente mais vulneráveis".
Como medidas preventivas, a ANEPC recomenda a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e retirada de inertes e outros objectos que possam ser arrastados ou criem obstáculos ao livre escoamento das águas e fixação adequada de estruturas soltas ou suspensas, como andaimes.
A Protecção Civil recomenda ainda precaução junto de áreas arborizadas, da orla costeira e zonas ribeirinhas historicamente mais vulneráveis a inundações rápidas, "evitando a circulação e permanência nestes locais", a adopção de uma condução defensiva, não atravessar zonas inundadas e atenção às informações da meteorologia e às indicações da Protecção Civil e outras forças de segurança.