Grupo radical islamista captura passageiros de helicóptero da ONU na Somália

Aeronave das Nações Unidas foi atacada por membros do Al-Shabab após uma aterragem de emergência.

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O Al-Shabab, ligado à Al-Qaeda, tem estado a travar uma insurreição contra o governo da Somália desde 2006 REUTERS/Feisal Omar
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Militantes do Al-Shabab capturaram esta quarta-feira na Somália um helicóptero das Nações Unidas que transportava dois homens somalis e vários estrangeiros quando fez uma aterragem de emergência numa área controlada pelo grupo radical islamista.

A aeronave encontrou um defeito pouco depois de descolar da cidade de Beledweyne, no centro da Somália, disse o Major Hassan Ali à Reuters, antes de aterrar perto da aldeia de Hindhere, na fronteira com a região de Galguduud.

“Dois homens somalis e vários estrangeiros estavam a bordo. Também transportava material médico e era suposto transportar soldados feridos da região de Galguduud”, acrescentou.

Um funcionário da ONU que quis manter o anonimato disse que o avião pertencia à Missão de Assistência das Nações Unidas na Somália (UNSOM) e que a tripulação incluía cinco estrangeiros.

Duas fontes da ONU familiarizadas com o assunto disseram à Reuters que o avião transportava nove passageiros.

A Reuters não conseguiu verificar de forma independente as identidades das pessoas capturadas ou as suas nacionalidades.

O Al-Shabab, ligado à Al-Qaeda, tem estado a travar uma insurreição contra o governo da Somália desde 2006, numa tentativa de estabelecer o seu próprio governo com base numa interpretação rigorosa da lei islâmica.

Embora o governo tenha conseguido afastar os militantes de vários territórios desde meados da década de 2010, o grupo islamista controla vastas áreas no sul e no centro da Somália e continua a atacar civis e estabelecimentos militares.