Benfica segue para os quartos-de-final da Taça de Portugal

“Encarnados” triunfam por 3-2 sobre o Sp. Braga na Luz. Minhotos entraram a ganhar, Aursnes marcou o golo decisivo após passe de calcanhar de Arthur Cabral.

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Cabral, um golo e uma assistência na vitória do Benfica EPA/RODRIGO ANTUNES
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Arthur Cabral não tem tido propriamente vida fácil no Benfica. Passou de ter custado 20 milhões a última opção de ataque, mas agora, que os “encarnados” investiram forte em mais um avançado, o ex-Fiorentina tem sido cada vez mais decisivo. Voltou a sê-lo nesta quarta-feira, com um golo e uma assistência de calcanhar no triunfo dos “encarnados” por 3-2 na Luz sobre o Sp. Braga que valeu a qualificação para os quartos-de-final da Taça de Portugal. Foi um jogo de loucos, com golos e erros, em que o calcanhar de Cabral voltou a conduzir o Benfica na direcção da vitória.

Nem um mês tinha passado desde o primeiro confronto entre Benfica e Sp. Braga, decidido por um golo logo aos 3’. Para este segundo embate, Roger Schmidt só não tinha o autor do golo que deu a vitória nesse jogo – Tengstedt está lesionado há algum tempo e Arthur Cabral repetiu a titularidade, sendo a principal novidade a presença do recém-contratado Marcos Leonardo no banco. Já Artur Jorge, algo limitado nas suas opções (Banza, o goleador-mor, foi para a CAN), escolheu uma equipa para tentar bloquear o estilo preferencial (único?) deste Benfica, o ataque em transição.

Os minhotos conseguiram fazê-lo nos primeiros minutos, tiveram a primeira grande oportunidade logo aos 7’ – Victor Gómez interceptou uma bola e avançou para o remate, bem desviado por Trubin – e marcaram aos 8’. Tudo começa num canto curto marcado à direita para Rony Lopes, que desvia a jogada para o pé direito de Rodrigo Zalazar. De primeira e à entrada da área, o uruguaio atirou, a bola desviou em João Mário e entrou.

O golo madrugador não fez muito para atiçar o Benfica na meia-hora seguinte. E o Sp. Braga pareceu muito tranquilo no seu papel de defender a magra vantagem. Mas já se sabe que defender não é, propriamente a especialidade desta formação minhota. E, quando nada o fazia prever, a formação “encarnada”, não só empatou, como se colocou na frente em poucos minutos.

Aos 42’, numa transição ofensiva, Kokçu viu a desmarcação de Rafa pelo buraco que se abriu na defesa bracarense e o avançado benfiquista só teve de correr, esperar pela saída de Hornicek e atirar para a baliza. Dois minutos depois, João Mário, junto à linha lateral, viu o posicionamento de Arthur Cabral perto da baliza e endossou-lhe a bola. O avançado brasileiro desembaraçou-se bem de Serdar, virou-se para a baliza e atirou. O guardião checo do Sp. Braga levou muito tempo a fechar as pernas e foi por ali que a bola passou.

O Benfica ia para o intervalo bem-disposto, mas esse sorriso iria rapidamente desaparecer nos primeiros minutos da segunda parte. Tudo começou num canto e acabou com a bola no fundo das redes à guarda de Trubin por acção do pé direito de Zalazar, mas desta vez não bateu em ninguém – acertou na trave e entrou, após um potente remate bem longe da grande área. Tudo empatado, mas com ascendente emocional para o Sp. Braga, que foi à procura de recuperar a vantagem.

Os minhotos voltaram a ter várias aproximações perigosas à baliza de Trubin, mas quem recuperou o controlo do marcador foi o Benfica aos 70’. Cabral saiu da área para servir como pivot do ataque e fez a distribuição de uma forma que deixou toda a defesa bracarense parada. De calcanhar (ele, que já tinha marcado com um toque habilidoso em Salzburgo, para a Liga dos Campeões), deixou para o espaço onde iria aparecer Aursnes, para fazer o 3-2.

Ainda havia 20 minutos para jogar, mas o Benfica fechou-se bem e já não deixou fugir o jogo do seu controlo.

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