Drones ucranianos atingem complexo de combustível russo a mais de 200 quilómetros da fronteira

Ataques entre Rússia e Ucrânia sucedem-se nas últimas semanas.

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Soldado ucraniano perto da fronteira com a Rússia REUTERS/Thomas Peter
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Uma mulher foi morta num bombardeamento ucraniano na região russa de Kursk e drones, que terão sido lançados da Ucrânia, atingiram uma instalação de combustível na região vizinha de Oriol, a mais de 200 quilómetros da fronteira ucraniana.

Numa declaração publicada na aplicação de mensagens Telegram, o governador da região de Kursk, Roman Starovoit, disse que uma mulher tinha sido morta por um bombardeamento na aldeia de Gornal, perto da fronteira com a Ucrânia. Pelo menos cinco drones foram abatidos sobre a região de Kursk na terça-feira, disse Starovoit e confirmou posteriormente o Ministério da Defesa da Rússia.

O governador da região de Oriol, Andrei Klichkov, disse que dois drones atingiram uma instalação de combustível, ferindo três pessoas e causando um incêndio que foi posteriormente extinto. O responsável russo salienta, ainda, que foram abatidos mais três drones. É de realçar que o alvo dos ucranianos estava localizado a mais de 200 quilómetros da fronteira entre os dois países.

Numa declaração publicada no Telegram, Klichkov classificou os acontecimentos como “um ataque inimigo”. Mais tarde, o governador da região vizinha de Briansk, Alexander Bogomaz, e o Ministério da Defesa russo comunicaram a destruição de outro drone, sem fornecer quaisquer pormenores.

Nas últimas semanas, as regiões fronteiriças russas têm sido repetidamente alvo de ataques da Ucrânia. A 30 de Dezembro, pelo menos 20 pessoas foram mortas num ataque com mísseis à cidade de Belgorod, a 40 quilómetros da fronteira com a Ucrânia, segundo a imprensa russa. Já nesta semana, as autoridades russas anunciaram que retiraram pelo menos 300 pessoas daquela cidade na sequência dos ataques por parte de Kiev.

A Rússia também disparou recentemente centenas de mísseis e drones contra cidades ucranianas, incluindo Kiev, onde, no final do ano, morreram mais de 30 pessoas. No último ataque, esta semana, a Rússia disparou 51 mísseis de vários tipos, matando pelo menos quatro pessoas e atingindo infra-estruturas civis, confirmaram responsáveis ucranianos.