FC Porto “vinga-se” do Estoril e garante “quartos” da Taça com goleada

Hat-trick de Evanilson acelera decisão da eliminatória e isola Sérgio Conceição como treinador portista com mais triunfos consecutivos na competição, à frente de Pedroto.

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LUSA/RODRIGO ANTUNES
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O FC Porto “vingou” esta terça-feira na Amoreira, com triunfo por 0-4, as recentes derrotas com o Estoril para o campeonato e Taça da Liga, eliminando nos oitavos-de-final da Taça de Portugal um adversário que, apesar da exibição do guarda-redes, não resistiu à revolta dos “azuis e brancos” e ao instinto de Evanilson, o goleador de serviço dos “dragões”.

O brasileiro, com um hat-trick (26, 32 e 56 minutos), deu expressão a uma entrada forte dos portistas, que só não garantiram em definitivo ainda antes do intervalo a passagem aos quartos-de-final por ineficácia de Alan Varela, Pepê e Francisco Conceição. Galeno fechou a goleada (76').

Sérgio Conceição, com 17 vitórias, isola-se como técnico com mais triunfos consecutivos na competição, à frente de José Maria Pedroto.

Com sete alterações em relação ao “onze” que apresentou em Alvalade, o Estoril surgiu com uma estrutura vocacionada para asfixiar o ataque do FC Porto, retirando-lhe espaço e capacidade para pensar e criar desequilíbrios.

Com um saldo negativo no confronto directo com os “canarinhos”, os “azuis e brancos” revelaram urgência em resolver a questão, com uma entrada determinada que resultou em três cantos consecutivos nos primeiros quatro minutos.

Mas os dois blocos baixos da equipa da casa, com três centrais e os dois médios a fecharem os corredores, deixando Cassiano de reserva para disparar numa transição, tornaram o jogo portista demasiado previsível.

O critério largo do árbitro, a mandar jogar mesmo em lances passíveis de acção disciplinar, ajudou a partir o jogo, proporcionando um par de momentos de apuro nas duas áreas. Primeiro na do Estoril, com João Mário (10’) a permitir intervenção eficaz do guarda-redes Dani Figueira.

Respondeu o Estoril num remate de Heriberto Tavares (12’) a falhar por pouco e João Marques a não ser bem-sucedido na recarga. Com Alan Varela e Nico González a garantirem alguma liberdade de movimentos a Francisco Conceição, Pepê e Galeno, o FC Porto voltava a impor-se e a lançar as bases para uma segunda metade da primeira parte imparável.

Evanilson, em lance de classe, recebeu uma bola longa de Pepe e atirou para o primeiro da noite. Pela primeira vez esta época, o FC Porto conseguia vantagem frente ao Estoril. Margem que só a displicência de Alan Varela aliada à inspiração de Dani Figueira não permitiu ampliar dois minutos volvidos.

Mas o declínio estorilista estava anunciado e, numa incursão de Francisco Conceição, Mangala foi imprudente e derrubou o extremo em zona proibida. De penálti, Evanilson elevou para 0-2, chegando ao 13.º golo da época e quinto na Taça de Portugal, onde marcou em todos os jogos.

O FC Porto teve ainda possibilidade de chegar ao intervalo com margem suficiente para começar a gerir a recepção ao Sp. Braga, para a Liga. Mas Pepê e Francisco Conceição falharam de forma descarada.

O Estoril tinha muito para rever nos balneários e Vasco Seabra chamou o “herói” do Dragão, Holsgrove, e da Taça da Liga, Rafik Guitane para a reviravolta... que não aconteceu.

O FC Porto não estava na disposição de perder a possibilidade de chegar à final da Taça para defender o título e voltou com a mesma força para consumar a vingança.

Evanilson, em lance colectivo, chegou ao hat-trick que acabou com as dúvidas. O Estoril era já a imagem da impotência perante o detentor do troféu e só não capitulou de forma dramática porque Fábio Cardoso, Francisco Conceição e Wendell voltaram a falhar perante Dani Figueira.

Galeno, que também revelara alguma cerimónia na hora de rematar, acabaria por selar a goleada com um golo à entrada do último quarto de hora da partida.

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