André Ventura anuncia recandidatura à presidência do Chega

O partido realiza uma nova convenção no próximo fim-de-semana na sequência de uma decisão do Tribunal Constitucional.

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André Ventura volta a recandidatar-se à presidência do Chega LUSA/JOSÉ COELHO

O presidente do Chega, André Ventura, anunciou neste domingo a sua recandidatura à presidência do partido na convenção do próximo fim-de-semana, apontando que tem como objectivo a vitória nas eleições legislativas de dia 10 de Março.

"Candidato-me a presidente do Chega com um objectivo ambicioso e difícil, mas claro: vencer as eleições legislativas de 2024", afirmou André Ventura na sede do partido, em Lisboa, considerando que o trabalho que iniciou em 2019 "ainda não foi concluído".

"Esta convenção ocorre no seguimento da decisão do Tribunal Constitucional, conhecida de todos, e em que se constatou a necessidade de uma reeleição dos órgãos nacionais", acrescentou.

O Tribunal Constitucional invalidou, no ano passado, a convocatória da V Convenção do Chega, que decorreu em Santarém entre 27 e 29 de Janeiro de 2023 e, consequentemente, a aprovação do regulamento eleitoral e de funcionamento dessa reunião.

André Ventura considerou que vencer as eleições legislativas de Março será o caminho para "criar, alternativamente, uma maioria de direita no espectro parlamentar ao longo dos próximos anos".

O líder partidário considerou que terá também uma "ambição interna e de natureza estritamente política", nomeadamente através da implementação do partido pelo território nacional em assembleias municipais, câmaras municipais e juntas de freguesia nas autárquicas de 2025.

De igual forma, salientou que pretende levar mais jovens para o partido — "não só para os órgãos do partido, como para o estabelecimento político nacional".

A VI Convenção do Chega vai decorrer nos dias 12, 13 e 14 de Janeiro em Viana do Castelo e André Ventura espera apresentar "um programa ambicioso e completo" e que seja "uma alternativa à bipolarização PS e PSD".

Nesse sentido, argumentou que o partido não poderá criticar os eleitores por escolherem os mesmos se não apresentarem uma "alternativa à altura".

"Não podemos criticar os portugueses por escolher os mesmos se não formos capazes de lhes darmos a alternativa à altura, com qualidade, com credibilidade e com prestígio, que é importante nos grandes e decisivos momentos da história", afirmou.