Inspecção-Geral da Saúde abre processo ao caso da morte de idosa em Penafiel
Uma idosa morreu na terça-feira à noite no serviço de urgência do hospital de Penafiel depois de triada com pulseira laranja e enquanto aguardava observação médica.
A Inspecção-Geral das Actividades em Saúde (IGAS) anunciou, num comunicado enviado às redacções na manhã desta sexta-feira, que abriu um processo de esclarecimento às circunstâncias em que ocorreu a morte de uma idosa no serviço de urgência do Hospital Padre Américo, em Penafiel (distrito do Porto).
Uma mulher com cerca de 80 anos morreu na terça-feira à noite no serviço de urgência do hospital de Penafiel, que integra a Unidade Local de Saúde do Tâmega e Sousa, depois de triada com pulseira laranja (usada para situações urgentes) e enquanto aguardava observação médica.
Fonte hospitalar informou, na quarta-feira, que a idosa se encontrava “em fim de vida”. “Tratava-se de uma doente em fim de vida e sem critérios clínicos para qualquer manobra invasiva de reanimação”, lê-se num comunicado enviado à agência Lusa.
No comunicado, o hospital refere que a doente deu entrada no serviço de urgência médico-cirúrgica às 19h16, tendo sido submetida a triagem de Manchester às 19h19. O óbito foi registado às 20h06, “após avaliação clínica”, segundo o hospital.
O ministro da Saúde pediu, também na quarta-feira, que não se façam generalizações sobre casos como este. “Cada vez que há um caso desses que é reportado, o hospital, e quando é necessário também a Inspecção-Geral das Actividades em Saúde (IGAS), conduz uma investigação para procurar saber o que aconteceu e conseguir tirar conclusões”, sublinhou Manuel Pizarro.
“Devo dizer que, em muitos casos, depois de investigadas todas as circunstâncias, a história é bastante diversa de uma descrição simplista, o que não quer dizer que não haja casos onde temos obrigação de tirar conclusões onde devemos melhorar o atendimento”, completou ainda o governante, em declarações aos jornalistas.