Espera para doentes urgentes ronda as 14 horas no Beatriz Ângelo, em Loures
No Hospital Beatriz Ângelo há uma lista de espera de mais de 36 pessoas. Tempo recomendado de espera é de 60 minutos.
O tempo de espera para doentes urgentes ultrapassava, às 8h50 desta sexta-feira, 5 de Janeiro, as 14 horas no Hospital Beatriz Ângelo, em Loures, com uma lista de espera de mais de 36 pessoas. Os dados referem-se ao tempo médio de espera para atendimento nas últimas duas horas e o número de doentes apresentado é o das pessoas que se encontram actualmente a aguardar atendimento, após triagem.
Na quinta-feira, pelas 22h, o tempo médio de espera para doentes urgentes ultrapassava as 13 horas no Hospital Beatriz Ângelo e seis horas no Fernando Fonseca (Amadora-Sintra) e São Francisco Xavier.
Segundo os dados do Portal do Serviço Nacional de Saúde (SNS), consultados esta sexta-feira pela agência Lusa, depois das 8h30, no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, o tempo médio de espera era de 13 horas e quatro minutos, com 28 doentes a aguardar atendimento (pulseira amarela)
Ainda na região de Lisboa e Vale o Tejo, o tempo médio de espera para doentes urgentes ultrapassava as nove horas no Hospital Prof. Fernando Fonseca (Amadora-Sintra), onde 15 pessoas aguardavam atendimento.
No São José, em Lisboa, a espera não chegava às duas horas e duas pessoas aguardavam atendimento, e no São Francisco Xavier, também em Lisboa, o tempo era semelhante, com o site do SNS a indicar uma hora e 47 minutos (uma pessoa à espera), enquanto no Garcia de Orta, em Almada, a espera era de uma hora e 25 minutos (18 pessoas).
No Porto, no Hospital de São João a espera era de duas horas e 12 minutos e oito pessoas aguardavam atendimento (pulseira amarela), enquanto para doentes menos urgentes (pulseira verde) era de duas horas e 29 minutos (sete pessoas à espera). No Santo António, a espera não ultrapassava a meia hora (24 minutos) e duas pessoas guardavam atendimento, mas, para menos urgentes, o site indicava uma espera de 13 horas e 33 minutos (três pessoas à espera).
Ainda no Grande Porto, no Hospital de Pedro Hispano, em Matosinhos, a espera era de 49 minutos (três pessoas à espera), enquanto no Santos Silva, em Vila Nova de Gaia, a espera para quem tem pulseira amarela era de duas horas e 49 minutos na urgência polivalente (quatro pessoas).
Em Coimbra, o tempo de espera não chegava a uma hora para doentes urgentes e aguardavam atendimento duas pessoas.
A triagem de Manchester, que permite avaliar o risco clínico do utente e atribuir um grau de prioridade, inclui cinco níveis: emergente (pulseira vermelha), muito urgente (laranja), urgente (amarelo), pouco urgente (verde) e não-urgente (azul).
Nos casos de pulseira amarela, o primeiro atendimento não deve demorar mais de 60 minutos, e no caso da pulseira verde a recomendação é que não vá além de 120 minutos (duas horas).
O Ministério da Saúde adiantou na quinta-feira que 42 centros de saúde estão a funcionar após as 20h nos dias úteis e 189 estarão abertos ao fim-de-semana, para dar resposta a doença aguda não-emergente.
Em comunicado, a tutela pediu que, numa altura de maior procura de cuidados de saúde, em resultado do aumento de infecções respiratórias e do tempo frio, que “pode descompensar a doença crónica”, os utentes devem contactar previamente a linha telefónica SNS24 (808 24 24 24) para “aconselhamento e encaminhamento para a unidade de saúde mais adequada”.