A matriosca pousada na secretária à nossa frente não tem os vermelhos, os amarelos e os azuis das tradicionais bonecas russas. É negra e cinzenta, segura nas mãos pintadas, de longos dedos e longas unhas, uma taça com um líquido fumegante e tem, nas costas, um feiticeiro com o rosto coberto pela caveira de um animal. Abre-se e do interior saem as imagens de um urso e, do outro lado, de um homem, com olhos negros e cavados, coberto por uma pele também de urso.
O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.