Sporting entra no novo ano como um líder goleador

“Leões” triunfam sobre o Estoril-Praia em Alvalade por 5-1. Gyökeres ficou em branco, mas fez duas assistências para dois golos de Edwards.

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Pedro Gonçalves marcou um dos golos do Sporting Reuters/PEDRO NUNES

O Sporting entrou no novo ano com tudo a funcionar, apesar de lhe faltarem algumas peças. Até um dos apanha-bolas brilhou no triunfo dos “leões” em Alvalade sobre o Estoril-Praia por 5-1, uma tremenda demonstração de força e tranquilidade do líder perante uma das equipas em melhor forma no campeonato - chegaram aos 40 pontos neste jogo da 16.ª jornada e atiram a pressão para quem vem atrás. E muito do que o Sporting fez nesta sexta-feira teve a marca de Viktor Gyökeres, que será, provavelmente, o jogador mais diferenciado de todo o campeonato. Desta vez, nem marcou. Mas foi eficiente em tudo o resto. Até num lançamento. Já lá iremos.

Num mês em que irá ficar sem vários jogadores importantes por causa das competições continentais de selecções (Diomande e Catamo na CAN, Morita na Taça da Ásia), este embate com a formação estorilista servia como primeiro teste com recursos reduzidos – Quaresma no eixo na defesa, Bragança no meio-campo eram as principais novidades, Catamo ainda pôde jogar. Vasco Seabra queria que o seu Estoril fizesse ao Sporting aquilo que já tinha feito duas vezes ao FC Porto e trazer uma vitória de Alvalade.

Mas tudo aquilo que o Estoril tentava fazer, o Sporting fazia bem melhor. Pressão alta? Os “leões” lidavam bem com isso. Construção a partir de trás? Não passava do meio-campo. Tudo isto fazia com que o Sporting chegasse com enorme facilidade à baliza de Carné. Os jogadores do Sporting tinham espaço para manobrar e correr, especialmente um deles, Viktor Gyökeres. Avancemos directamente para o primeiro golo, aos 21’. Bola longa de Hjulmand para o sueco, que aguenta o contacto com o frágil (quando comparado com ele) Rodrigo Gomes e direcciona a bola para Edwards. O britânico só teve de encostar.

O melhor que o Estoril conseguiu na primeira parte foi meter a bola na baliza de Adán aos 32’ – lance foi anulado por fora-de-jogo. O Sporting foi-se entretendo a criar oportunidades até chegar ao segundo golo mesmo antes do intervalo, praticamente igual ao primeiro: bola para Gyökeres, que aguenta todo o contacto e dá para Edwards marcar facilmente. Tudo fácil para o Sporting.

Mais fácil ainda ficou aos 51’. O Sporting ganhou um lançamento de linha lateral e o apanha-bolas rapidamente entregou a bola a quem estava mais próximo. Era Gyökeres. O sueco rapidamente meteu-a em jogo para os pés de Nuno Santos e o ala, sem grande oposição, avançou para a baliza. O remate ainda desviou em Pedro Álvaro antes de entrar na baliza.

O jogo ficou aberto e partido, ideal para uma goleada. Foi o que aconteceu. Aos 69’, Pedro Gonçalves ganhou uma bola no meio-campo e avançou para a baliza. Enquanto Gyökeres arrastava consigo um par de defesas, Gonçalves tinha espaço para o 4-0. E, aos 78’, foi Trincão a fazer o seu golo recarregar a confiança, 5-0 - foram cinco, podiam ter sido mais, não fossem os ferros da baliza de Carné.

Praticamente inofensivo durante todo o jogo, o Estoril só teve algum espaço para se mexer quando a goleada já era inevitável e ainda marcou já perto do fim, por Cassiano, após um canto. Algo que, por certo, deixará Rúben Amorim chateado. Só um bocadinho. Afinal, tudo correu bem no primeiro jogo de 2024. E Gyökeres não terá de ir, nem para a CAN, nem para a Taça da Ásia. Mas, da forma como se tem apresentado, isso não quer dizer que não possa sair...

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