Personalidades sem filiação partidária assinam texto em que apelam ao voto na CDU

Jornalistas, professores e escritores, entre pessoas de outras áreas, subscreveram um texto em que apelam ao voto na CDU, salientando a “importância e seriedade das suas propostas”.

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Campanha para as eleições legislativas de Janeiro de 2022 LUSA/MÁRIO CRUZ

O texto “O trabalho da esperança”, publicado no site da “Iniciativa dos Comuns” e que será tornado público esta quarta-feira, apela ao voto na CDU e é subscrito por dezenas de personalidade ligadas ao mundo do jornalismo, da investigação e universidade ou das artes, entre outros sectores sociais.

O texto, cuja subscrição permanece aberta e cujos subscritores finais serão revelados no fim de Fevereiro, começa por defender que “a actividade governativa tem vindo a ser reduzida à administração dos princípios e interesses [da] lógica neoliberal” e acrescentar que “Portugal tem hoje um Governo de gestão, mas, em boa verdade, já o tinha antes” do anúncio da dissolução da Assembleia da República.

O texto refere depois que “a diminuição da representação parlamentar do PCP tornou a vida mais difícil para as classes populares: da transferência dos rendimentos do trabalho para o capital à degradação dos serviços públicos, passando pela dificuldade em aceder a habitação condigna”.

“Na hora de elegermos quem nos represente, a redução da política a uma simples tarefa de gestão dos danos provocados pelos interesses capitalistas, sem contrapeso político, convida-nos a optar pelo ‘mal menor’. E, no entanto, se deu a maioria absoluta ao Partido Socialista, a lógica do ‘mal menor’ nada resolveu. Pelo inverso, o governo piorou, a desigualdade económica e social agravou-se, a extrema-direita cresceu”, prossegue o texto, acrescentando:

“Nas próximas eleições legislativas, no dia 10 de Março, votaremos na CDU. Não somos militantes do PCP nem do PEV e não partilhamos todas as suas posições. Mas sabemos da importância e seriedade das suas propostas em áreas fundamentais.”

Entre a mais de centena de meia de subscritores estão, por exemplo, os escritores Mário de Carvalho e Rui Zink, jornalistas como José António Cerejo ou João Ramos de Almeida, os professores universitários Manuel Loff (que foi deputado pelo PCP na actual legislatura, após ter concorrido nas listas da CDU como independente), Jaime Serra ou Nuno Teles.

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