Peter Magubane combateu o apartheid com uma câmara fotográfica e ganhou

Amigo e fotógrafo de Nelson Mandela pós-libertação, Magubane tudo fez para denunciar a violência do regime segregacionista sul-africano. E ao fotografá-la combateu-o. Morreu aos 91 anos.

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Peter Magubane trabalhou como fotojornalista mais de 50 anos SIPHIWE SIBEKO/reuters
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Nelson Mandela com Graça Machel em Joanesburgo, após o casamento, em 1998, um momento registado pelo amigo e fotógrafo Peter Magubaneamily in Pretoria, their union was blessed by clergymen including Archbishop Desmond Tutu at the home they recently bought together in Johannesburg. pa/Photo by Peter Magubane REUTERS -98/07/19 Peter Magubane /REUTERS
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Às vezes via-se forçado a dissimular a sua câmara em pacotes de leite vazios, volumes da Bíblia e pães ocos para poder fotografar uma manifestação ou uma situação que, noutro contexto, seria banal. Afinal, era difícil a um fotógrafo negro passar despercebido na África do Sul do apartheid, regime que Peter Magubane se propôs combater e denunciar tendo por arma uma câmara. As fotografias com que documentou a crueldade e a violência de um sistema de segregação que durou quase 50 anos correram mundo e valeram-lhe a consagração internacional como fotojornalista e a tortura e a prisão no seu país.

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