Na manhã do último dia do ano, os tempos médios de espera para doentes com pulseira amarela nos serviços de urgência do SNS ultrapassaram as 12 horas no Hospital Fernando Fonseca (Amadora-Sintra) e no Hospital de Portimão.

Os dados apresentados no Portal do Serviço Nacional de Saúde referem-se ao tempo médio de espera para atendimento nas últimas duas horas e o número de doentes apresentado indica as pessoas que se encontram actualmente a aguardar atendimento, após triagem.

De acordo com os dados do Portal do SNS, tanto o número de doentes à espera nas urgências como o tempo de espera é mais reduzido do que nos últimos dias desta semana, em que os tempos médios chegaram a atingir as 18 horas.

No Amadora-Sintra, o tempo de espera para doentes triados como urgentes (pulseira amarela) era ao início da manhã de 12 horas e 52 minutos, quando o tempo recomendado é de 60 minutos. Já pelas 11h30 tinha reduzido para 11 horas e 19 minutos, com 17 pessoas a aguardar atendimento.

A essa hora, o hospital com tempo de espera para doentes urgentes mais longo do país era o de Portimão, com uma média de 12 horas e 17 minutos de espera.

Na região de Lisboa, em Loures, o hospital Beatriz Ângelo tinha pelas 11h30 um tempo de espera de três horas e 39 minutos, estando 14 pessoas triadas como urgentes.

No Hospital de Cascais Dr. José de Almeida serão necessárias quase seis horas para que os utentes com pulseira amarela sejam atendidos. Em Almada, no Garcia de Orta, 33 pessoas aguardavam com pulseira amarela, com um tempo de espera de uma hora e 32 minutos.

No serviço de urgência geral do Hospital São Bernardo, em Setúbal, o tempo de espera era, às 11h30, de dez horas e 27 minutos, e no hospital das Caldas da Rainha será necessário esperar oito horas e 21 minutos.

No hospital de Coimbra e no hospital de Santarém os tempos de espera ultrapassavam as duas horas.

Em Viseu, no Hospital São Teotónio, o tempo de espera para doentes urgentes atingia às 11h30 seis horas e oito minutos, com 16 pessoas a aguardar atendimento, após triagem. No distrito da Guarda, no Hospital Sousa Martins, o atendimento aos doentes urgentes levaria, em média, duas horas e 40 minutos.

Mais a norte, no Centro Hospitalar Tâmega e Sousa, o Hospital Padre Américo tinha um tempo de espera de cinco horas e oito minutos e o Hospital São Gonçalo de uma hora e 47 minutos. Em Guimarães, o Hospital da Senhora da Oliveira tinha um tempo de espera de quatro horas e 37 minutos para doentes urgentes.

Os restantes hospitais do Serviço Nacional de Saúde com serviço de urgência tinham pelas 11h30 tempos de espera para doentes urgentes inferiores a uma hora e trinta minutos.

Este domingo estão abertos 193 centros de saúde para responder a situação de doença aguda não emergente. No Dia de Ano Novo e na terça-feira estarão 187 unidades abertas com horário alargado, segundo dados do Ministério da Saúde.

O Ministério aconselha, em caso de situação de doença aguda não emergente, a utilização das alternativas disponíveis aos serviços de urgência, como os centros de saúde e os serviços digitais SNS 24, que "contribui para diminuir a pressão sobre os serviços de emergência hospitalar, através de atendimentos que podem ser prestados noutros pontos do SNS".