Avaliação de Marcelo renova mínimos e cai mesmo para valor negativo

A sondagem da Aximage mostra que, pela primeira vez neste barómetro, o Presidente da República recolhe mais avaliações negativas do que positivas.

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Popularidade do Presidente da República tem vindo a cair nos últimos meses Nuno Ferreira Santos
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A crise política e o caso das gémeas luso-brasileiras atendidas no hospital Santa Maria não deixaram a popularidade de Marcelo Rebelo de Sousa incólume. Pelo contrário. A sondagem de Dezembro da Aximage para o JN, DN e TSF confirma a tendência de queda, observada a partir de Outubro, das avaliações feitas pelos inquiridos ao trabalho do Presidente da República, que caíram no mês que agora termina para valores negativos – mais avaliações negativas do que positivas –, o que acontece pela primeira vez neste barómetro. A sondagem da Aximage realizada em finais de Novembro já colocava a avaliação ao Presidente no valor mais baixo em mais de três anos.

O estudo de opinião levado a cabo entre 18 e 23 de Dezembro – pelo que contempla muito parcialmente os efeitos da revelação de António Lacerda Sales de que se reuniu duas vezes com o filho de Marcelo, publicada pelo Expresso a 22 de Dezembro – mostra que 45% dos entrevistados pela Aximage fazem uma avaliação negativa da prestação do chefe de Estado (26% dizem que desempenho é “mau” e 19% que é “muito mau”) e que apenas 28% lhe dão nota positiva (21% consideram desempenho “bom” e 7% “muito bom”).

Na véspera do Natal, na já habitual passagem pelo Barreiro para beber uma ginjinha, Marcelo, depois de frisar que o filho falou com o antigo secretário de Estado da Saúde “porque não conseguiu chegar onde queria por outro caminho, que era através do Presidente e da Presidência da República”, destacava a “consolação” por os portugueses estarem “firmes” no apoio ao chefe de Estado”.

“Não trocam o conhecimento do Presidente de há 20 ou 30 anos por dois ou três meses em que tem havido crise política, em que houve muitas notícias e muitas informações contrárias ao Presidente", salientou.

Todavia, os números desta sondagem da Aximage contrariam as conclusões retiradas por Marcelo Rebelo de Sousa e indicam que a crise política iniciada com a demissão do primeiro-ministro e posterior anúncio de dissolução do Parlamento e marcação de eleições legislativas antecipadas, decisões do Presidente, estão a impactar negativamente a popularidade do chefe de Estado.

Esta sondagem da Aximage teve 805 entrevistas efectivas – 688 entrevistas online e 117 entrevistas telefónicas –, tendo o estudo de opinião uma margem de erro de mais, ou menos, 3,5%.

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