Fundação Francisco Manuel dos Santos quer tornar-se num think tank

A fundação tem também “estado a conversar com grandes universidades como Harvard, nos EUA, ou Oxford no Reino Unido”, no sentido de se internacionalizar.

Foto
Gonçalo Saraiva Matias, director da Fundação Francisco Manuel dos Santos, junto a algumas publicações Nuno Ferreira Santos

A Fundação Francisco Manuel dos Santos (FFMS), conhecida pelos seus estudos sobre a sociedade portuguesa que publica desde 2009, quer tornar-se num think tank capaz de sugerir “medidas concretas” aos decisores políticos.

Em entrevista ao Expresso, Gonçalo Saraiva Matias, director da FFMS, considera que o organismo que dirige está em “condições de iniciar uma fase diferente”, em “linha” com o que “se faz em grandes fundações”. Essa fase, explica, é mais “prescritiva e interventiva”, não se limitando a “trabalho de diagnóstico”.

Quer, por isso, que a FFMS passe a fazer “recomendações de política pública como outros think tanks na Europa e nos Estados Unidos da América”. Ou seja, a apresentar “medidas concretas com base nos dados que entendemos que seriam úteis para resolver os problemas”, nunca abandonando a “neutralidade”.

Além de transformar-se num think tank, a FFMS quer também internacionalizar-se. Nesse sentido, explica Matias, a fundação tem “estado a conversar com grandes universidades como Harvard, nos EUA, ou Oxford no Reino Unido, ou think tanks em Bruxelas”. Para o director da FFMS, os temas “importantes” para o país — “a pobreza, a qualidade da democracia, o desenvolvimento económico” — são “globais”, pelo que contribuições do exterior permitirão trazer para Portugal “conhecimento e experiência que podem enriquecer o nosso país”.

A propósito das eleições europeias de 9 de Junho, Gonçalo Matias anunciou que a FFMS terá “várias iniciativas para chamar a atenção da importância da Europa e da participação de Portugal na Europa”.

Sugerir correcção
Ler 3 comentários