Executivo de Moedas deu aval a demolição para construir hotel, mas vereadores vetaram

Destruição de edifício modernista foi chumbada por órgão consultivo da câmara. Mas serviços de Urbanismo aceitaram pareceres pagos por promotor. Vereador da oposição fala em expediente “inadmissível”.

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Desta vez, e ao contrário do que tem sido prática corrente, prevaleceu a preservação do património sobre os interesses imobiliários Daniel Rocha
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O destino parecia traçado. Aquele edifício com quatro pisos, e produto da arquitectura modernista dos anos 30 do século passado, situado mesmo ao lado das instalações da Polícia Judiciária, na Rua Gomes Freire, deveria ser demolido. No seu lugar, seria construída uma nova unidade hoteleira com 92 quartos, num novo prédio com seis pisos. Tal obra obrigaria à retirada dos painéis de azulejos existentes em cada uma das três varandas situadas na esquina da Gomes Freire com a Rua Joaquim Bonifácio, mas também levaria ao corte de uma árvore. E apesar de o projecto ter recebido parecer desfavorável de um órgão consultivo dos serviços da Câmara de Lisboa, foi levado à apreciação da vereação no passado dia 6 de Dezembro. Mas, contra as expectativas da vereadora do Urbanismo, foi chumbado.

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