Conde de Ferreira: uma filantropia alimentada pela infâmia

No espaço Rampa, no Porto, a exposição Joaquim, o Conde de Ferreira e seu Legado reúne vários olhares sobre a figura do esclavagista a quem o país deve as bases do seu ensino primário.

Foto
A instalação Adoçar a Alma para o Inferno III, de Dori Nigro e Paulo Pinto, esteve no epicentro de um episódio de censura no Hospital Conde de Ferreira PAULO PIMENTA
Ouça este artigo
00:00
11:15

Exclusivo Gostaria de Ouvir? Assine já

Organizada pelo designer e curador Nuno Coelho, a exposição Joaquim, o Conde de Ferreira e seu Legado, que permanecerá no espaço Rampa, no Porto, até 17 de Fevereiro, é o segundo momento de um projecto, de natureza simultaneamente artística e científica, que pretende revelar e problematizar o percurso de Joaquim Ferreira dos Santos, vulgo Conde de Ferreira, ainda hoje bastante mais conhecido em Portugal pela sua filantropia post-mortem – mandou edificar um pioneiro hospital psiquiátrico e 120 escolas que foram decisivas para a consolidação do ensino primário no país – do que pela actividade de décadas no tráfico de escravos, fonte da sua considerável riqueza e da sua posterior (e sobretudo póstuma) beneficência.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.
Sugerir correcção
Ler 30 comentários