Arqueólogos descobrem 29 geóglifos com mais de 1900 anos no Peru — e dez têm formato de felinos

Dez das 29 figuras têm o formato de um felino, em diferentes tamanhos, variando dos 12 metros de altura até aos 43. Descobertas foram feitas com a utilização de drones.

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Conjunto de geoglifos encontrados na mesma cidade do Peru em 2022 Yamagata University/Handout via REUTERS

Uma equipa de arqueólogos descobriu 29 geóglifos que têm entre 1900 e 2300 anos nas colinas da província peruana de Nazca.

O arqueólogo Omar Bendezú, da Universidade Nacional San Luis Gonzaga, declarou à agência noticiosa peruana Andina que os geóglifos, que representam grandes figuras de felinos, estão localizados nos distritos de El Ingenio e Changuillo, na província de Nazca, a sul de Ica, cidade localizada 310 quilómetros a sul da capital peruana.

“Até ao momento, no distrito de El Ingenio, identificámos dez figuras que têm o formato de um felino, em diferentes tamanhos, variando dos 17 metros de comprimento por 12 metros de altura aos 42 metros de comprimento por 43 metros de altura, aproximadamente”, explicou Bendezú. Acrescentou ainda que, no centro da cidade de San Juan, em Changuillo, foram encontrados oito geóglifos com formas de felinos, medindo 11,3 metros de comprimento por 9,5 metros de altura, e outros medindo 37,3 metros de comprimento por 13,7 metros de altura.

“Os geóglifos encontrados estão voltados para o sul, em direcção às Linhas de Nazca” e “os habitantes daquela época, aparentemente, tinham um felino como divindade, ou este tinha um significado muito especial para eles”, explicou o arqueólogo.

O especialista avançou ainda que numa encosta no centro da cidade de San Francisco de El Ingenio foram encontrados dez geóglifos de aspecto antropomórfico e em San Juan de Changuillo outra figura antropomórfica. “A descoberta destes novos geóglifos em El Ingenio e Changuillo, na província de Nazca, é uma descoberta importante para a arqueologia peruana”, atestou.

As descobertas foram feitas com a utilização de voos planeados com drones e software especializado que permitiu a análise das imagens para identificar a forma dos geóglifos, tarefa que durou quatro meses com o apoio do centro universitário e do Ministério da Cultura.