Ventura: Portugal vive crise de pobreza, desconfiança das instituições e corrupção
Na mensagem de Natal, líder do Chega tanto alerta que 2024 “vai ser um ano difícil” como diz ter “confiança de que será muito melhor”.
O presidente do Chega considera que Portugal "vive hoje uma crise não só de pobreza - com os números aumentar todos os dias -, [mas também] de desilusão, de desconfiança com as instituições, e de corrupção". Numa mensagem de Natal divulgada nas redes sociais do partido na manhã deste domingo, André Ventura salienta que esta crise com múltiplas facetas "é perceptível por todos os portugueses", e que estes devem ponderar as escolhas que terão que fazer no próximo ano.
O momento político que se vive é histórico e diferente de todos os outros na história de Portugal, assinala Ventura na mensagem de pouco mais de dois minutos. "Os portugueses vão para este Natal com uma enorme ansiedade em relação ao futuro e com uma enorme estupefacção e perplexidade sobre aquilo que podem ser os acontecimentos de 2024", aponta o líder do partido de extrema-direita numa alusão à situação do Governo demitido desde há duas semanas, que só pode exercer actos de gestão absolutamente indispensáveis. António Costa pediu a demissão há mês e meio, no mesmo dia em que se conheceu a Operação Influencer, mas o Presidente da República optou por só oficializar o decreto de demissão do Governo depois da aprovação em votação final global do Orçamento (que até já promulgou), e só irá dissolver a Assembleia da República em meados de Janeiro para então marcar novas eleições legislativas para 10 de Março.
"Neste natal devemos esperar o melhor, rezar pelo melhor, juntar as nossas famílias pelo melhor, mas sabemos que vai ser um ano difícil", alerta André Ventura, defendendo que "este momento de turbulência política" deve também servir para os portugueses ganharem a "clareza das escolhas" que terão que fazer ao longo do próximo ano. Mas, pouco depois defende que, apesar da "angústia de Natal" em que se vive, tem "a certeza e a confiança de que o próximo ano será muito melhor e que Portugal vai ficar muito melhor em 2024".
Depois de afirmar que o país vive essa dupla crise de pobreza e de confiança nas instituições, o presidente do Chega defende que "a primeira tarefa de um político que quer dar uma solução ao país é dizer que vai lutar para resolver esses problemas, com firmeza, sem estar agarrado a nenhum interesse instalado". Ventura deixa no ar uma espécie de promessa de se empenhar nessa solução "com o o único objectivo de defender a vida, defender a família, defender a propriedade, defender a prosperidade dos portugueses".
"O país está uma fase difícil mas o Natal é esse espírito de confiança, de firmeza, e de muita força que é o que temos que ter juntos para enfrentar os desafios de Portugal em 2024", remata o líder de extrema-direita.