FC Porto só lambeu as feridas, não as sarou

Portistas venceram pela margem mínima o Leixões, que jogou toda a segunda parte em inferioridade numérica e é um dos últimos da II Liga.

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O FC Porto venceu o Leixões pela margem mínima EPA/MANUEL FERNANDO ARAUJO
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O jogo deste sábado, a contar para a terceira jornada da fase de grupos da Taça da Liga, no Dragão, entre o FC Porto e o Leixões não servia para quase nada. Ambos os clubes já estavam eliminados da próxima fase da competição. Mas os dois emblemas podiam aproveitar para ganhar algum alento, após os recentes maus resultados – os “dragões” perderam com o Sporting para o campeonato, os “bebés” não vencem há cinco encontros. Mas a vitória curta (2-1), dos portistas esteve longe de ser o bálsamo que a equipa precisava.

Sérgio Conceição afirmou antes do jogo deste sábado que a partida com o Leixões não seria para “cumprir calendário”, mas a verdade é que em relação ao jogo disputado em Alvalade, apenas se mantiveram no “onze” dos “azuis e brancos” dois jogadores: João Mário e Zé Pedro.

O técnico portista dava assim hipótese aos habituais não titulares de “mostrarem serviço”, ao mesmo tempo que proporcionava algum descanso às escolhas habituais. Mas o que se viu no Estádio do Dragão foi uma equipa “azul e branca” a manter as mesmas dificuldades de concretização que as escolhas mais frequentes de Conceição têm revelado esta época e que fazem com que o FC Porto tenha menos golos marcados no campeonato do que o Farense (8.º) ou que o Estoril (13.º).

Muita posse de bola, algumas ocasiões de perigo junto da baliza adversária mas golos são difíceis de “fazer” para este FC Porto. Neste sábado, a história habitual começou logo aos 6’, com Namaso a não aproveitar um erro do guarda-redes Stefanovic, que perdeu a bola em “zona proibida”.

Do lance resultaria um canto e daí o golo dos portistas, apontado por Francisco Conceição (7’) e poderia esperar-se que se seguiria um festim na baliza dos leixonenses. Mas a formação de Matosinhos ripostou e depois de ensaiar alguns contra-ataques velozes, repôs a igualdade, beneficiando de uma grande penalidade indiscutível cometida por Grujic, concretizada por Fabinho (14’).

A partir daí o FC Porto montou a sua teia em volta da baliza leixonense, mas a formação de Matosinhos foi resistindo. E continuou a fazê-lo na segunda parte, que começou já em inferioridade numérica depois de Wakaso ter sido expulso a três minutos do descanso por acumulação de cartões amarelos.

Apesar de os minutos iniciais do segundo tempo terem sido de forte pressão “azul e branca”, o golo não apareceu e passado um quarto de hora, Sérgio Conceição foi obrigado a recorrer às figuras principais. Entraram Galeno, Evanilson e Wendell. Mais tarde entrou também Taremi. E perto dos dez minutos finais foi chamado Pepê. Mas, fechado e solidário na sua defesa, o Leixões resistiu.

Um remate de Francisco Conceição, um cabeceamento perigoso de Taremi, mas só isso para um FC Porto ferido. Até que a sete minutos dos 90’, depois de um contra-ataque falhado do Leixões, os portistas apanharam o adversário desposicionado e Evanilson foi derrubado por Léo Bolgado na área, dando o penálti salvador ao FC Porto, concretizado por Taremi (84’).

A vitória não escaparia aos portistas e serviu para lamber as feridas, mas não as sarou. E um exemplo paradigmático de como o FC Porto tem muito a melhorar foi o último lance da partida, com os "dragões" a chegarem à baliza adversária com quatro jogadores contra um do Leixões e, mesmo assim, a não serem capazes de marcar.

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