Depois do susto, Benfica acelerou para a goleada
“Encarnados” seguem para a final a quatro da Taça da Liga, onde vão defrontar o Estoril, após triunfo sobre o AVS por 4-1. Avenses marcaram primeiro, mas a vantagem só durou dez minutos.
O Benfica foi profissional q.b. para não deixar cair a Taça da Liga da sua lista de coisas para fazer em 2024, triunfando por 4-1 na Luz sobre o AVS, mas não fez um jogo isento de erros, sustos e assobios. A equipa que segue em segundo na II Liga ainda assustou o segundo classificado da I Liga durante alguns minutos, mas a superioridade dos “encarnados” impôs-se com naturalidade sobre os atrevidos da Vila das Aves e a equipa de Roger Schmidt segue para a final a quatro da competição em Leiria, onde irá defrontar, a 24 de Janeiro, o Estoril.
Roger Schmidt sabe que ainda não reconquistou totalmente os adeptos benfiquistas, apesar do bom momento que a equipa atravessa – triunfos sobre Salzburgo e Sp. Braga, a valerem continuidade na Europa e subida ao segundo lugar da I Liga. E, por isso, mais valia não arriscar, mesmo tendo pela frente um adversário de segunda divisão. O técnico alemão escolheu um “onze” próximo daquele que entende ser o melhor, apenas com a introdução de Tomás Araújo no eixo da defesa no lugar que costuma ser de Otamendi.
Este não era propriamente um reencontro porque o AVS que se apresentou na Luz não é, em rigor, o Desportivo das Aves. Vem daquela que é conhecida como “a maior vila do futebol português”, mas, como equipa de futebol profissional, nem um ano tem com este nome – até à última época jogava com o emblema e as cores do União Desportiva Vilafranquense. Mas a sua tenra idade não lhe condiciona a ambição: é um candidato à subida, como se tem visto, e apresentava-se na Luz sem disposição de ser subserviente. Não se esperaria outra coisa de uma equipa treinada por Jorge Costa, que não estava no banco, devido a castigo.
Claro que as diferenças ficaram à vista desde o primeiro minuto. Mais Benfica, ou melhor, quase só Benfica. Antes dos 60 segundos, já João Mário tinha alvejado a baliza avense, obrigando Trigueira a boa defesa. Aos 13’, Kokçu atirou de fora da área e acertou no poste, e, sete minutos depois, o turco atirou ao lado. O golo seria uma questão de tempo. E aconteceu, mas na outra baliza. João Neves perdeu uma bola no meio-campo, Vasco Lopes viu bem a desmarcação de Mercado e o equatoriano avançou para a área, inaugurando o marcador com um potente remate.
Como as contas estavam, os avenses só precisavam de mais um golo para seguirem em frente na competição. Era um sinal do atrevimento do visitante, mas também um sinal de que os “encarnados” não estavam nos níveis máximos de concentração. Ouviram-se alguns assobios vindos das bancadas. Assobios que rapidamente se transformaram em palmas quando Di Maria marcou o golo do empate aos 31’, após passe de Rafa e de uma grande jogada de Neves pela esquerda.
Só precisou de entrar o primeiro. Pouco antes do intervalo, João Mário concretizou a reviravolta – só precisou de encostar para a baliza após jogada e cruzamento de Aursnes pela direita. A qualificação já não ia fugir e ainda deu para mais dois golos, o de Tiago Gouveia aos 65’, um belo chapéu a Trigueira após passe de Kokçu, e um de Anthony Correia na própria baliza, aos 68’, após boa jogada de Gonçalo Guedes. E mais não foi preciso.