No Central Park, há uma árvore de Natal (quase secreta) para recordar animais que já morreram

A tradição existe desde 1980 e, entre mensagens, fotografias e brinquedos de animais, conta com mais de 600 adornos. A localização exacta é um mistério para muitos — só os mais atentos a encontram.

Foto
A árvore de Natal para os animais existe desde 1980 DR/Twitter
Ouça este artigo
00:00
02:12

Em Nova Iorque, há uma árvore de Natal secreta para homenagear animais de companhia que já morreram. Está no Central Park e a tradição mantém-se, pelo menos, desde 1980, mas o local é e será para sempre (pelo menos para alguns, os menos atentos) uma incógnita.

É um facto: há que estar atento para a encontrar. Jason Reddock, que é director de casting, foi uma das pessoas que conseguiu. Quando estava a passear o cão pelo parque reparou em vários brinquedos pendurados nos ramos de uma árvore, escreve o The New York Times. No dia seguinte, a actriz Nicki Gallas e o cão juntaram-se ao passeio e os dois colegas começaram a tradição. Jason tornou-se o “guardião da árvore”.

“Como a árvore era perene e o Natal durou apenas algumas semanas, a dupla decidiu que era uma árvore de Natal e foi assim que nasceu”, escreveu o escritor e fotógrafo Larry Closs num artigo sobre a árvore, citado pelo mesmo jornal.

Quem já passou por ela diz que passa despercebida entre muitas outras e que só de perto se vêem os brinquedos, as fotografias, as mensagens e os demais objectos que pertenciam a vários animais de companhia que já partiram.

Marianne Larsen, a nova guardiã, explica que os enfeites são colocados no dia de Acção de Graças (23 de Novembro) e retirados depois do dia de Reis, que se celebra a 6 de Janeiro. Quando termina a época natalícia, conta com a ajuda de voluntários para guardar os objectos num local seguro (e secreto).

Neste momento, a árvore tem mais de 600 adornos, mas é muito provável que este ano chegue, pelo menos, aos 750.

No sábado, dia 16 de Dezembro, foram muitos os donos que encontraram a árvore e quiseram deixar uma lembrança para recordar os seus animais. Kendra Oleckna e o marido, Robert Foote, penduraram uma mensagem para Jazz, que morreu há um ano e que ficou lembrado como o cão que “adorava a restaurantes mexicanos”. A tartaruga Sherman, o peixe Geo, o cão Milo e Miss Parker, a “destemida esquila” que vivia no Central Park, também têm um lugar na árvore.

Segundo Marianne, a pandemia levou ainda mais pessoas a homenagearem os seus animais no parque e, mesmo os habitantes locais que, entretanto, saíram da cidade visitam a árvore de Natal durante as festas.

Sugerir correcção
Comentar