Dirigente do PSD aponta Marques Mendes como “esperança” para Belém

Antigo líder do PSD apresentou um livro de Pedro Duarte, ex-deputado e coordenador do programa eleitoral dos sociais-democratas, e disse: “Adoro política, é um vício bom.”

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O comentador político Marques Mendes aprensentou esta sexta-feira o livro do social-democrata Pedro Duarte Rui Gaudêncio
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Com muitos sociais-democratas (e alguns centristas) na sala, o antigo líder do PSD Luís Marques Mendes evitou responder à provocação sobre o seu futuro político lançada pelo dirigente social-democrata Pedro Duarte. Na apresentação do seu livro Troika Nunca Mais, o ex-deputado e actual coordenador do Conselho Estratégico Nacional do PSD tinha dito que Marques Mendes foi a sua “inspiração no passado”, uma "referência" no presente e uma “esperança” para o futuro, o que gerou risos na plateia.

“Quando o vejo no futuro, tenho uma esperança. Como diz o nosso bom povo: para bom entendedor, meia palavra basta”, disse Pedro Duarte sobre o comentador televisivo e conselheiro de Estado, que já admitiu ponderar ser candidato a Presidente da República. O dirigente social-democrata, que está a coordenar o programa eleitoral do PSD, disse que falou “a pensar no interesse geral” e defendeu que Marques Mendes “tem muito para dar”.

O antigo líder do PSD e autor do prefácio do livro não respondeu à provocação, mas fez vários elogios a Pedro Duarte, um dos quais o raro desprendimento que tem dos cargos políticos. “E eu que também adoro política, é só de elogiar, é um vício bom. É uma pessoa saudavelmente viciada em política, já somos dois”, disse Marques Mendes sobre o antigo líder da JSD e ex-secretário de Estado.

Na apresentação do livro, esta sexta-feira em Lisboa, o conselheiro de Estado considerou que a obra “é uma reflexão muito importante” para que a troika “nunca” volte a Portugal. E lembrou que o conceito das “contas certas” se “deve à presença da troika” em Portugal entre 2011 e 2014. “Não deixa de ser curioso que a mais-valia deste Governo era o que criticava o que antecedeu”, afirmou.

Descrito pelo antigo líder social-democrata como uma reflexão relevante para o actual momento, quando os partidos têm de construir um programa eleitoral, o livro é uma adaptação da tese de doutoramento do ex-deputado e resultou de entrevistas a 10 personalidades “equidistantes” que estiveram envolvidas no período anterior ao pedido de resgate e aos governantes que tiveram de gerir a ajuda externa: o antigo governador do Banco de Portugal Carlos Costa (que estava na sessão de apresentação do livro), Durão Barroso, antigo presidente da Comissão Europeia, os dois ex-primeiros-ministros Pedro Passos Coelho e José Sócrates, os respectivos ministros das Finanças, Maria Luís Albuquerque e Teixeira dos Santos, dois antigos ministros, Paulo Portas e Silva Pereira, e dois secretários de Estado, Carlos Costa Pina e Carlos Moedas.

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