O risco de ter saudades de António Costa

Se um dia o país tiver saudades de António Costa é porque essa ideia de Marcelo, que reclamava ter chegado a hora não apenas de remendar o país, mas de o reconstruir, fracassou mesmo.

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O Governo da maioria do PS foi a maior oportunidade perdida de Portugal no século XXI. Raramente se viu nas últimas décadas um organismo tão asséptico e inodoro, uma equipa tão banal e uma vontade de agir e de mudar tão inexistente como neste Governo de António Costa. Como a política tem horror ao vazio, o Governo deu lugar a uma sucessão de casos e casinhos que corroeram a legitimidade e o apoio à ainda jovem maioria. Caiu, assim, como governou: sem drama nem estados de alma, excepto o do primeiro-ministro, que ficou "magoado". Não há grandes razões para celebrar a queda. Pelo contrário, é muito provável que ainda venhamos a ter saudades de António Costa.

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