Caso gémeas: mais de 56% de pessoas faz avaliação negativa da actuação de Marcelo

Inquérito da Aximage aponta para grande penalização da imagem do Presidente da República, mas sem que isso corresponda a uma opinião maioritária de que não tem condições para se manter em funções.

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A popularidade de Marcelo foi muito abalada pelo caso das gémeas Matilde Fieschi
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Um estudo de opinião da Aximage para o Diário de Notícias (DN) revela uma avaliação globalmente negativa da actuação do Presidente da República no caso das gémeas luso-brasileiras que receberam tratamento para a atrofia muscular espinal no Hospital de Santa Maria em 2018, após alegadas pressões do filho de Marcelo Rebelo de Sousa.

Mais de 56% dos 515 inquiridos deste estudo consideram que Marcelo esteve mal ou muito mal neste assunto, mas daí não tiram a conclusão directa de que deixou de ter condições para levar o seu mandato até ao fim. Pelo contrário, 48% considera que continua a ter condições, face a um terço (35%) dos inquiridos que defende que o Presidente deixou de ter condições (os outros 17% disseram não saber responder à questão).

As avaliações positivas e muito positivas da actuação do Presidente neste caso são apenas de 14% e as pessoas que não acharam nem bem, nem mal são 26% dos inquiridos.

O inquérito, que foi realizado online por método computacional, revela também que mais de dois terços dos inquiridos não se sentiu esclarecido pelas explicações dadas pelo Presidente da República na semana passada, com 42% a considerar que foram “pouco esclarecedoras” e 32% a dizer que foram “nada esclarecedores”.

O caso das gémeas luso-brasileiras foi sendo divulgado, ao longo de mais de um mês, pela TVI/CNN e referia a existência de pressões, em 2018, sobre o Hospital de Santa Maria para que duas gémeas luso-brasileiras com menos de um ano recebessem um medicamento inovador e um dos mais caros do mundo à época, por suposta influência do filho do Presidente da República.

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