Competência ofensiva garante continuidade do FC Porto na Champions

Com golos de Galeno (2), Taremi, Pepe e Francisco Conceição, os “dragões” derrotaram o Shakhtar Donetsk e garantiram a presença nos “oitavos” da Liga dos Campeões.

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Galeno fez dois golos pelo FC Porto LUSA/JOSE COELHO
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Bastava um empate, mas o FC Porto não facilitou a atacar – na defesa não se pode dizer o mesmo – e, com um resultado volumoso (5-3) venceu a corrida com o Shakhtar Donetsk pelos oitavos-de-final da Liga dos Campeões, numa partida em que Galeno voltou a assumir o papel de protagonista.

Após dois golos e um passe decisivo no primeiro duelo entre as duas equipas, o extremo terminou o jogo no Dragão com um “bis” de golos e assistências, sendo decisivo numa vitória que garante aos portistas mais um cheque da UEFA de 12,4 milhões de euros.

Numa fase da época importante – após assegurar a continuidade na Liga dos Campeões, o FC Porto discute já na próxima segunda-feira a liderança do campeonato em Alvalade -, Sérgio Conceição não podia dar-se ao luxo de fazer poupanças na “final” frente ao Shakhtar e, por isso, o “onze” inicial dos portistas não teve nenhuma grande surpresa.

Em relação à equipa que entrou em campo na vitória frente ao Casa Pia, saíram Zé Pedro e João Mendes, que não estão inscritos na Champions, e ainda Iván Jaime, que ficou no banco. Para os seus lugares, entraram Fábio Cardoso, Zaidu e Galeno - David Carmo voltou a perder espaço; Nico González, Romário Baró e Toni Martínez nem nos “23” tiveram lugar.

Sem necessidade de correr riscos de início, o FC Porto não ficou à espera de ver quais seriam as intenções dos ucranianos. Com pressão alta, os portistas entraram em campo como se necessitassem de vencer e, após duas ameaças – Taremi, aos 2’; Eustáquio, aos 8’ -, traduziram a superioridade em golos, ainda antes do minuto 10: Pepê combinou com Evanilson, que cruzou rasteiro para o segundo poste onde Galeno, sem marcação, bateu Dmytro Riznyk pela primeira vez.

A vantagem dava uma almofada de segurança confortável, mas o FC Porto adormeceu sobre ela. A vencer, os “dragões” retiraram intensidade ao jogo e passaram a permitir que o Shakhtar tivesse tempo e espaço para circular a bola no meio-campo portista. O resultado, foi um primeiro sinal de perigo para Diogo Costa - Danylo Sikan de cabeça -, que, aos 26’, teve de fazer uma grande intervenção a remate de Gocholeishvili.

Mesmo sem conseguirem ter um ascendente evidente, os ucranianos mostravam que podiam causar problemas. Porém, foi num lance caricato que surgiu o empate. Aos 29’, árbitro auxiliar levantou a bandeirola sem esperar que a jogada terminasse - baixou logo de seguida por indicação do árbitro, que corrigiu o erro -, levando a que alguns jogadores “azuis e brancos” alegassem que desistiram do lance. Sikan não se deixou iludir e, assistido por Oleksandr Zubkov, colocou a bola no fundo da baliza.

O FC Porto continuava virtualmente na segunda posição, mas voltava a caminhar em gelo fino. Isso fez com que os “dragões” rebobinassem a cassete e recuperassem a atitude inicial, passando a jogar novamente perto da área ucraniana. E voltaram a ser premiados, pelo inimigo público número um do Shakhtar: após um desvio em Bondarenko, um remate de Galeno deu de novo vantagem aos portistas. O brasileiro esteve nos primeiros sete golos apontados pelo FC Porto à equipa da Ucrânia: quatro finalizações e três assistências.

A segunda parte, foi bem mais anárquica. Sem correr riscos, os portistas foram à procura de um terceiro golo e, aos 62’, Galeno assistiu Taremi, que fez o 3-1. Porém, na defesa, o dia estava longe de ser perfeito para Conceição e, dez minutos depois, Eustáquio marcou na própria baliza.

Porém, a esperança para os ucranianos não durou muito. Aproveitando um desvio de Galeno, Pepe fez quatro minutos depois o quarto golo portista e, aos 82’, Francisco Conceição elevou para 5-2.

A vitória (e a qualificação) portista estava assegurada, mas um erro de Grujic – que Conceição não terá certamente gostado - ainda permitiu que Eguinaldo fizesse o 5-3 final.

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