O governador, a mulher, o amante e a morte deste

Germano Almeida, escritor em paz com a sua escrita – “eu que sei que nunca vou ganhar o Nobel, posso escrever o que quiser” –, conta no novo livro o adultério da mulher de um governador de Cabo Verde.

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Germano Almeida diz que o prémio Camões não o mudou em nada, a não ser ter agora mais dinheiro: "Lembro-me sempre do Zola, que escrevia o que queria, porque se casou com uma mulher rica. Nós, em Cabo Verde, não temos hipótese de casarmos com mulheres ricas" Matilde Fieschi
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João da Mata Chapuzet ficou para a história de Cabo Verde como um dos seus grandes governadores. Chegado em 1822, numa altura em que a então colónia portuguesa atravessava um dos períodos mais difíceis da sua história, com seca, fome, doenças e um clima de agitação pelo esquecimento da metrópole e pela vontade de alguns de a integrar no Brasil recém-independente, o governador foi capaz de ganhar as gentes e acalmar as vontades embrionárias de cortar o vínculo com Lisboa. Aproveitou ainda a sua formação em Engenharia e Arquitectura para modernizar a Cidade da Praia e transformá-la na nova capital.

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