Dezenas de activistas climáticos juntaram-se nesta sexta-feira no Dubai, enquanto decorre a COP28 (a cimeira do clima das Nações Unidas), para protestar contra a inacção climática e a dependência dos combustíveis fósseis.

Ainda assim, os activistas disseram que não se puderam manifestar livremente (sobretudo quando também mencionavam o conflito em Gaza, incluindo os pedidos de cessar-fogo) e que os protestos climáticos também foram afectados por restrições sobre onde e quando poderiam acontecer. As Nações Unidas dizem num comunicado citado pela Reuters estar a tentar que os direitos de todos os participantes sejam assegurados, acrescentando que "há espaço disponível para os participantes se manifestarem de forma pacífica e fazerem as suas vozes serem ouvidas em matéria climática". 

Num ano de recordes climáticos, a COP28 acontece nos Emirados Árabes Unidos (EAU), um dos maiores exportadores de petróleo do mundo. A cimeira também por Sultan Ahmed Al Jaber, ministro da Indústria dos EAU, que é também presidente da petrolífera estatal Abu Dhabi National Oil Company (ADNOC), o que levantou muitas dúvidas sobre possíveis conflitos de interesses. Al Jaber também preside à Masdar, a empresa estatal de energias renováveis e um dos maiores promotores de energia solar do mundo.

Na cimeira do clima estão presentes milhares de representantes, incluindo diplomatas e ministros de mais de 190 países que tentam elaborar um plano para acelerar a transição global para o abandono dos combustíveis fósseis. 

Para este sábado em Lisboa está também marcada para as 14h uma manifestação da "Resistência Climática", organizada pelo movimento Climáximo.

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