Carlos César apoia Pedro Nuno Santos, o “melhor” herdeiro de Costa

Pedro Nuno Santos, diz o presidente do PS, é o que está “mais perto da interpretação autêntica do percurso de Costa” e Carneiro está “sitiado pela euforia” da direita.

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Carlos César é o presidente do PS Rui Pedro Soares
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O presidente do PS, Carlos César, tornou nesta quinta-feira público o seu apoio a Pedro Nuno Santos, através da sua página de Facebook.

Recordando ter sido um dos primeiros apoiantes da candidatura de António Costa, recorda que nessa época estava no mesmo barco que Pedro Nuno Santos – ao contrário de José Luís Carneiro, que apoiou António José Seguro.

A frase é significativa, porque César considera Pedro Nuno o candidato que corporiza melhor a herança de Costa. “Estive, entre poucos outros, na origem da primeira candidatura de António Costa à liderança do PS, na negociação que o levou a primeiro-ministro e, solidariamente, no seu trajecto até aos dias de hoje. (…) Entre os agora três candidatos pode dizer-se que é o que esteve e está mais perto da interpretação autêntica desse percurso liderado por António Costa.”

Além de lhe dar a chancela do “herdeiro” ou “melhor herdeiro”, Carlos César diz que Pedro Nuno Santos “é um líder distintivo e não um apêndice” e, “pelo que mostrou e não pelo que escondeu, esteve sempre exposto à crítica e ao elogio e será escolhido pelo que é e não pelo que o querem aparentar ser”.

Numa longa declaração, o presidente do PS diz que, com Pedro Nuno Santos no cargo de secretário-geral, o PS poderá “prosseguir o melhor do trabalho realizado pelos governos de António Costa, mas, saudavelmente, mudando no que há a mudar e inovando no que há a inovar”.

Elogia a campanha de Pedro Nuno Santos por falar “o mínimo dos seus concorrentes internos e o máximo do país e dos seus adversários externos”.

Mas faz uma grande crítica a José Luís Carneiro por, alegadamente, ser o favorito dos comentadores e dos dirigentes de direita: “Tenho pena que José Luís Carneiro esteja a ser sitiado pela euforia apologética da maioria do comentariado e dos dirigentes da direita portuguesa. Não creio que o quisesse, tanto mais que nenhum desses novos lisonjeadores o quererá, depois, como primeiro-ministro.”

E às sucessivas declarações de José Luís Carneiro em defesa do centro político, Carlos César dá mais uma “bicada”: “Precisamos de um partido que não se esconda do lugar na esquerda que é seu, afirmando-se como partido dialogante, mas liderante.” Para vários “desígnios”, o presidente do PS considera que o partido fica mais bem servido “com o perfil competencial e a criatividade positiva de Pedro Nuno Santos”.

“O PS não pode dissolver-se no centro ou contemporizar com a direita, nem se confundir à sua esquerda falhando a história dos seus compromissos ideológicos (…) que foram sempre salvaguardados na experiência de governo que fizemos na legislatura iniciada em 2015”, escreve Carlos César, para quem, “nestas dimensões, Pedro Nuno é quem oferece melhores garantias”.

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