Afinal, só 9,6 mil técnicos superiores avançam na carreira em Janeiro
O Governo corrigiu o número de trabalhadores abrangidos pelas alterações à carreira técnica superior em 2024, noticia o Negócios.
Na semana passada, o Governo anunciou que cerca de 40 mil técnicos superiores dariam um salto salarial em 2024 com a nova carreira. Afinal, o executivo corrigiu a informação e apenas 9,6 mil trabalhadores serão abrangidos no próximo ano, noticia o Negócios desta quarta-feira.
A 27 de Novembro, dia em que assinou um acordo com os sindicatos da UGT, o Ministério da Presidência anunciou, num comunicado, que a valorização da carreira técnica superior teria um efeito mais acentuado nas primeiras posições da carreira, através da redução do número de posições remuneratórias, passando das actuais 14 para 11, “o que vai resultar em aumentos salariais directos para cerca de 40 mil trabalhadores, já em 2024”
Questionada pelo Negócios, fonte oficial explicou que, afinal, este número se referia às condições de transição na carreira que estavam previstas na proposta apresentada uma semana antes e que foi muito contestada pelos sindicatos, por só se aplicar em 2025 e implicar a perda de pontos.
“Por lapso, no comunicado enviado após o fecho das negociações com os sindicatos sobre a revisão da carreira de técnico superior, era indicado que 40 mil trabalhadores desta carreira iriam ter uma valorização salarial já em 2024, sendo que esse era o universo abrangido de acordo com a solução inicialmente apresentada aos sindicatos, a qual implicava um reposicionamento imediato com valorização, logo em 2024, com perda de pontos, para a maioria dos técnicos superiores”, explicou fonte oficial do Ministério da Presidência.
No entanto, “essa acabou por não ser a solução que acolheu a concordância dos sindicatos, que preferiram a solução que garantisse que não havia perda de pontos, que em 2024 representará um aumento salarial para cerca de 9 mil trabalhadores, conforme informação partilhada com os sindicatos, dos quais 1250 técnicos superiores que passam para a nova posição de entrada (1.ª posição remuneratória) e cerca de oito mil que em 2024 reúnem condições para usufruir do acelerador”, acrescentou.
A proposta que vingou tem efeitos já em 2024, mas tem um impacto mais reduzido porque a transição para a nova carreira faz-se à medida que os trabalhadores reúnam os pontos necessários para poderem progredir.
Assim, em Janeiro, transitam para a nova carreira os 1249 funcionários que estão na actual 1.ª posição da carreira e que transitam para a 2.ª (que na nova carreira passa a ser a posição de ingresso).
A estes juntam-se 8354 trabalhadores que estão actualmente dispersos entre a 2.ª e a 14.ª posições e que, em Janeiro, têm os seis pontos necessários para beneficiarem do acelerador de progressões.