Suspeito de ataque mortal em Paris jurou aliança ao Daesh
Atacante matou turista e feriu dois outros nas imediações da Torre Eiffel. Suspeito disse à polícia que tinha cinto de explosivos, após gritar “Allahu Akbar” (”Deus é grande”).
O suspeito de matar um turista e ferir dois outros, num ataque levado a cabo este sábado nas imediações da Torre Eiffel, tinha jurado aliança ao Daesh antes de cometer o ataque terrorista.
Na noite deste sábado, um atacante armado com uma faca matou uma pessoa e feriu outra em Paris, no 15.º Bairro, tendo gritado “Allahu Akbar” (“Deus é grande”) antes de ser detido pela polícia. O Presidente francês, Emmanuel Macron, endereçou condolências à família do cidadão germânico morto naquilo a que chama “ataque terrorista”. Já o chanceler alemão, Olaf Scholz, diz estar “chocado” com o ataque na capital francesa.
Citado pelo jornal The Guardian, o procurador antiterrorismo francês, Jean-François Ricard, adianta que o suspeito tinha feito uma gravação antes do ataque: falando em árabe, o homem de 26 anos enviou apoio aos militantes do Daesh na África, Iraque, Síria e Paquistão, jurando aliança ao grupo terrorista.
Em 2016, o suspeito já tinha sido detido por ter planeado um ataque terrorista com motivações islamista. Foi libertado em 2020, após cumprir uma pena de quatro anos.
O procurador Jean-François Ricard confirma que o homem de 26 anos estava actualmente a ser monitorizado pelas autoridades francesas por “radicalização persistente”, tendo, inclusivamente, recebido tratamento psiquiátrico. No final de Outubro, a mãe do suposto atacante tinha mostrado preocupação com o comportamento do filho, descrevendo-o como “uma pessoa fechada”.
Sabem-se agora mais detalhes sobre o ataque: após atacar os três turistas, ferindo mortalmente um deles, o homem disse à polícia que estava a usar um cinto de explosivos. Enquanto fugia aos agentes, atingiu duas outras pessoas na cabeça com um martelo, um francês com 60 anos e um turista britânico de 66. Felizmente, os dois homens sofreram ferimentos ligeiros, sendo posteriormente tratados num hospital da capital francesa.
O homem de 26 anos é filho de pais com proveniência iraniana. A família não era muito ligada à religião, com o suspeito apenas a converter-se ao Islão com 18 anos. Começou muito rapidamente a pesquisar sobre ataques terroristas no Iraque e na Síria, adoptando a "ideologia jihadista" perpetrada pelos grupos terroristas mais radicais.